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Dia de Campo discute sucessão na Agricultura Familiar em Ponte Preta

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O presente e o futuro de 27% da economia gaúcha. Este foi o tema do debate que ocorreu nesta sexta-feira (07), na comunidade de Nossa Senhora do Rosário, em Ponte Preta. Cerca de 50 municípios da região da Associação dos Municípios do Alto Uruguai (Amau)
Dia de Campo discute sucessão na Agricultura Familiar em Ponte Preta

O presente e o futuro de 27% da economia gaúcha. Este foi o tema do debate que ocorreu nesta sexta-feira (07), na comunidade de Nossa Senhora do Rosário, em Ponte Preta. Cerca de 50 municípios da região da Associação dos Municípios do Alto Uruguai (Amau) estavam representados no evento que reuniu mais de 1.500 participantes para debater a sucessão na agricultura familiar. A atividade realizada pela Emater, Prefeitura de Ponte Preta, Fetraf, Amau, Fetag, Via Campesina e Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), foi considerada pioneira pelos organizadores.

Prefeitos, secretários municipais, deputados, vereadores e dirigentes sindicais prestigiaram o evento para discutir com agricultores a realidade da sucessão na agricultura familiar. Um tema que preocupa os participantes do encontro, se forem considerados os números da agricultura gaúcha. Segundo o presidente da Emater, Lino de David, se fossemos colocar um jovem em cada propriedade rural no Rio Grande do Sul, faltariam 42.500 jovens agricultores. No Estado, existem 441 estabelecimentos rurais, sendo 378 mil de agricultores familiares, ou seja, 85,7% do total no Rio Grande do Sul.

Educação
Presente ao evento, o secretário da SDR, Ivar Pavan, afirmou que um estímulo para que os jovens permaneçam no campo, firmando-se como sucessores de seus familiares, é um investimento na formação profissional destes jovens. Ele explica que o modelo de formação educacional dos jovens que saem do campo não permite que eles voltem a trabalhar na área rural.

Muitos são atraídos para a cidade. Por isso, frisou que é preciso preparar a juventude pra ser gestor das propriedades rurais, investir em cursos que possibilitem este retorno. O campo não é só um negócio, mas um modo de vida, afirmou Pavan.

Além dos debates que ocorreram pela manhã, o ato em Ponte Preta levou agricultores e autoridades a visitar algumas propriedades. Em uma delas, a sucessão familiar já está na quarta geração. Em outra propriedade foi apresentado como é a convivência, produção e rentabilidade de uma propriedade com sucessão. A pluriatividade na agricultura familiar e as relações pais-filhos-genros-noras na propriedade familiar - como tratar esta relação para fazer com que a sucessão se mantenha na propriedade - foram temas explorados em outras visitas.

Os participantes do debate vão produzir uma carta para encaminhar suas demandas às autoridades, na qual devem ser reivindicadas formas de manter o jovem no campo, preservando a sucessão na agricultura familiar.

Texto: Roger da Rosa
Foto: Aline Rodrigues
Edição: Redação Secom (51) 3210.4350

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