Dia de Campo estimulará produção de milho pipoca em áreas irrigadas
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Com o propósito de difundir a importância crescente do milho pipoca no agronegócio e mobilizar potenciais produtores no Rio Grande do Sul, a Yoki Alimentos (Paraná) convidou hoje (10) a governadora Yeda Crusius para o lançamento do seu Dia de Campo. O evento será em fevereiro, em André da Rocha – a data ainda não está definida. Durante a reunião, no auditório da secretaria do Planejamento, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), foi reforçada a forte parceria entre a Yoki e o Governo do Estado. Esse apoio é prestado através da ação da Emater e da Secretaria Extraordinária de Irrigação e Usos Múltiplos de Água, em apoio ao produtor. De acordo com o gerente geral da Yoki, Ugues Luiz Cherubini, o maior produtor mundial de milho pipoca são os EUA: 500 mil toneladas/ano e um movimento de US$ 1,8 bilhão. O segmento microondas absorve 68% da produção. O Brasil é o segundo maior produtor: 80 mil toneladas/ano – microondas 13% - e uma movimentação de US$ 130 milhões. Áreas irrigadas Yeda Crusius destacou a importância da formação de reservatórios de água, principalmente num momento como o de agora, quando a região Centro-Oeste, por dificuldades de água, recebe energia do Rio Grande do Sul. Tem que fazer reservas quando tem água, disse, ao destacar será acelerada a liberação de R$ 10 milhões do Ministério da Integração Nacional. Os recursos deverão ser transferidos ainda em janeiro e servirão para a formação de 3 mil açudes no Estado. A meta é construir 30 mil açudes, até o final do governo, em 296 municípios. Nesse contexto, a produção de milho pipoca no Rio Grande do Sul é feita 80% em áreas não irrigadas. O ideal seria 80% em áreas irrigadas e 20% em áreas não irrigadas, comentou Cherubini. Segundo a governadora, a ação competente do secretário da Irrigação, Rogério Porto, fez o Estado ser incluído no Plano Nacional de Irrigação e assim ter maior participação no orçamento do ministério da Integração Nacional. Yeda assinalou que o Rio Grande do Sul tem 56% da irrigação de todo o país e 0,01% do orçamento para a irrigação. Visão de estado Para o secretário Rogério Porto, o Estado começa a ter consciência da necessidade de enfrentar o sistema que o retire de ciclos de ano bom, ano ruim. Precisamos, com uma visão de Estado, fugir desse ciclo combatendo os efeitos nocivos das estiagens como é o caso da parceria com a Yoki, salientou. Porto falou do papel importante do governo do Estado para convencer o produtor e a sociedade sobre o caráter estratégico da irrigação. Temos a Emater, a Fepagro, o Irga e, principalmente, a vontade da governadora Yeda Crusius em transformar o Estado do Rio Grande do Sul, que é o que importa, disse. Relatório Yeda reiterou os esforços do seu governo na irrigação à produção e abastecimento à população. No caso do milho pipoca, a produtividade aumenta 50% se houver a irrigação, observou. Na reunião, o presidente da Emater, Mario Nascimento, entregou um relatório das atividades de capacitação realizados em 2007. No ano passado, segundo o levantamento, 11.616 produtores foram capacitados com técnicas de irrigação. O gerente da Yoki assinalou que a empresa quer contribuir com as ações do governo do Estado para ampliar a irrigação na área de produção do milho pipoca. No RS são 280 produtores que cultivam 8 mil hectares. A última safra, no Estado, foi de 32 mil toneladas. A paranaense Yoki tem 4 mil empregados e unidades no RS (Nova Prata e Porto Alegre), São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Estiveram no ato, os secretários do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Josué Barbosa, de Ciência e Tecnologia, Paulo Maciel, de Obras Públicas, Coffy Rodrigues, e a secretária da Educação, Mariza Abreu, além dos prefeitos de André da Rocha, Ademir Zanotto, e Nova Prata, Vitor Pletsch.