Direito à alimentação é tema de painel no Fórum Estadual de Assistência Social e do Trabalho
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O último painel do Fórum Estadual de Assistência Social e do Trabalho, evento promovido pela Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), nesta quarta-feira (15), no auditório do Ministério Público de Porto Alegre, abordou o Sistema de Segurança Alimentar. Os trabalhos iniciaram com a apresentação dos principais projetos desenvolvidos pela pasta nesta área.
A diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Desans), Simone Reis, salientou que o objetivo do encontro é promover experiências com os municípios para a implantação de políticas de segurança alimentar. A realização de seminários profissionalizantes e regionalizados, pode auxiliar a desenvolver a cultura para a implantação do Sistema Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), bem como a instalação dos Centros de Referência, junto aos Restaurantes Populares, para ofertar outros serviços necessários a esta população em situação de vulnerabilidade social, enfatizou.
Simone também lembrou que as oportunidades precisam ser transformadas em ações, como no caso do Programa de Cisternas, que terá R$ 12 milhões de recursos federais para a implementação de uma tecnologia social para combater as dificuldades em épocas de estiagem.
O painel contou ainda com a participação da presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea/RS), Regina Miranda, que destacou a necessidade de mais espaço para a discussão desse sistema. O direito humano à alimentação adequada deveria vir na frente sempre, pois é o que garante que outros possam chegar aos cidadãos em situação de vulnerabilidade. Também participaram do debate a representante do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais (Semapi), Eliane Donato Castro, e o coordenador do Projeto Rede Integrada de Segurança Alimentar e Nutricional (Rede SAN), Edni Schroeder.
O Fórum Estadual de Assistência Social e do Trabalho terminou com as apresentações das estruturas e dos planejamentos estratégicos da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e da Fundação de Proteção Especial (FPE), órgãos vinculados à STDS. O diretor Técnico da FGTAS, Ricardo Erig, enfatizou as perspectivas de crescimento no sistema, com a criação de novas agências da Fundação junto com o SINE, que atualmente são 136, distribuídas por 132 cidades gaúchas. Queremos levar a qualificação profissional e a geração de emprego e renda para o maior número de municípios, dentro de uma sistemática que visa a inserção qualificada, sustentou.
A presidente da FPE, Sandra Silveira, destacou a necessidade de os municípios debaterem o sistema de rede de proteção, como forma de garantir a convivência familiar e comunitária para as crianças e jovens acolhidos. Sabemos que a maior parte dos nossos acolhidos chegam à instituição devido à pobreza extrema e às mazelas por ela geradas, como a negligência e o abandono, mas precisamos articular ações com as prefeituras e secretarias municipais de assistência social para que essas famílias sejam protegidas, permitindo o retorno dessas crianças, e espero que possamos fazer isso através de ações de governo e de Estado, argumentou.
Texto: Sandro Schreiner
Foto: Silvio Williams
Edição: Redação Secom (51)3210-4305