A diretora do Departamento de Políticas para as Mulheres da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, Salma Farias Valencio, disse, em palestra no 8º Congressul, em Bento Gonçalves, nesta quinta-feira (16), que é preciso potencializar o trabalho em rede, buscando um atendimento integral ao adolescente em situação de risco, considerando o atendimento e o convívio de onde está inserido o jovem.

Salma afirmou que é fundamental a atuação em rede das diferentes instituições, através da transversalidade e da integração de todos os órgãos e serviços (psicossocial, saúde, judicial, educacional, conselhos tutelares, Ministério Público, entre outros), na construção coletiva, maior integração, compartilhamento de fluxos, de informação, e corresponsabilidade. "Essa é a única forma de obtermos o comprometimento de toda a sociedade e podermos avançar neste processo", ressaltou.

Outra questão relatada pela diretora foi a penalização da mulher em relação à responsabilidade com os filhos. "Esta é uma questão cultural que ainda enfrentamos", concluiu.

O Congresso Sul-Brasileiro dos Conselhos Tutelares e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizado a cada dois anos, tem como objetivo debater a realidade da infância e adolescência no Sul do Brasil, o trabalho dos conselheiros, assim como de toda a rede que atende à criança e ao adolescente (Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo). Nesta edição o debate teve como tema “25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente e sua Efetivação. Criança e Adolescente: Sim, Prioridade Absoluta”.

O Congressul é uma iniciativa da Associação dos Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul (Aconturs), Associação dos Conselheiros Ex-Conselheiros Tutelares do Estado do Paraná (ACTEP) e Associação Catarinense de Conselheiros Tutelares (ACCT) e conta com apoio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do RS, da prefeitura e Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves e de outras entidades.

Segundo o presidente da Aconturs, Rodrigo Reis, são objetivos do evento aprofundar a reflexão das práticas atualmente realizadas, a partir da discussão e de um debate democrático de ideias, além de proporcionar a troca de experiências e o encaminhamento de propostas para o aprimoramento da defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

Texto: Imprensa/SJDH
Edição: Cristina Lac/CCom