O Departamento Médico-Legal (DML), do Instituto-Geral de Perícias (IGP), está implantando em Porto Alegre, sistema de reconhecimento informatizado de cadáveres que chegam ao DML como desconhecidos. A identificação é feita por fotografia, evitando que o familiar necessite passar pela sala de necropsias para reconhecer uma vítima. A identificação informatizada é feita por fotografias feitas por um fotógrafo criminalístico do IGP. São fotografados o rosto, tatuagens, sinais característicos e roupas do desconhecido. As fotos são anexadas na ficha do cadáver onde constam informações como sexo, cor, idade aparente, estatura e peso. Familiares O chefe do setor de Tanatologia do DML, onde são feitas a identificação do cadáver e a necropsia, perito médico-legista André Zabel, explica a reformulação do setor. “O novo sistema de reconhecimento de desconhecidos por fotografias evita que familiares fragilizados com a notícia da morte, tenham que passar pelo necrotério e presenciar uma necropsia”, ressalta Zabel. A diretora do DML, perita médica-legista Débora Maria Vargas de Lima, destaca que a identificação fotográfica está entre as mudanças implementadas pela nova gestão. “Estamos verificando setores que possam ser reformulados com o objetivo de agilizar a perícia médico-legal. Esta mudança no setor de Tanatologia ameniza o sofrimento de familiares de vítimas de violência. Muitos se sentiam mal no momento de fazer o reconhecimento”, destaca a diretora. A identificação fotográfica no DML de Porto Alegre será implantada gradativamente nos postos médico-legais do interior. Além das perícias médico-legais de Porto Alegre, o DML atende os municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Guaíba, Nova Santa Rita, Viamão, Esteio, Sapucaia do Sul e Gravataí. Os corpos são encaminhados para necropsia em casos de morte violenta (acidente, suicídio e homicídio) ou em morte com suspeita de violência.