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Em Washington, Leite apresenta oportunidades de investimentos no RS na Câmara de Comércio dos EUA

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Na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, apresentação sobre as reformas previdenciária e administrativa atraiu a atenção - Foto: Maicon Hinrichsen / Palácio Piratini

Em Washington D.C. nesta quarta-feira (9/3), o governador Eduardo Leite e o grupo de secretários que compõem a comitiva estadual participaram de reunião na Câmara de Comércio dos Estados Unidos (U.S. Chamber of Commerce). Leite foi recebido por Renata Vasconcellos, diretora sênior de Políticas Públicas do Conselho Empresarial Brasil–Estados Unidos da Câmara de Comércio.

“A câmara trabalha naturalmente com expectativas. Todo investimento tem expectativa com relação ao futuro. Então, há bastante expectativa com relação ao sistema tributário brasileiro, que se torne mais lógico, mais racional para se fazer negócios. Nosso sistema tributário é de enorme complexidade, às vezes até incompreensível mesmo para quem é brasileiro, e há expectativa de que reformas sejam levadas adiante nos próximos anos para que o Brasil possa se tornar um lugar mais interessante para os investimentos. As reformas previdenciária e administrativa que fizemos chamaram bastante atenção e, inclusive, foram citadas como exemplo do que deveria ser feito no Brasil”, relatou Leite.

Um ambiente regulatório que dê segurança para quem vai investir, mais liberdade econômica para fazer negócios e a simplificação de um sistema tributário complexo foram algumas das demandas apresentadas pelo grupo de representantes da U.S. Chamber of Commerce com relação ao Brasil.

Visita à embaixada do Brasil

Antes da reunião na Câmara de Comércio, Leite e a comitiva foram recebidos pelo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster Jr. Tradicionalmente, a embaixada é um ponto de facilitação entre o país e os EUA, assim como um intermediário entre o Brasil e empresas americanas.

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Embaixador Forster Jr. disse que Leite foi o primeiro governador a visitar a embaixada desde o início da pandemia - Foto: Maicon Hinrichsen / Palácio Piratini

“Foi mais uma oportunidade para discutirmos e apresentarmos nossa agenda nos EUA e a forma como a embaixada pode nos ajudar nas pautas de interesse do Estado”, explicou Leite.

O embaixador Forster Jr. destacou que Leite foi o primeiro governador a visitar a embaixada desde o início da pandemia de coronavírus, em 2020. Após a reunião, a comitiva estadual participou de almoço na residência oficial do embaixador.

Hidrogênio verde

Ainda nesta quarta (9/3), o governador visitou a sede da empresa de energia AES Corporation. O tema da reunião foi a oportunidade de investimento no RS para geração de hidrogênio verde.

“Queremos a participação da AES nesses estudos que buscarão indicar a viabilidade do RS como um Estado para produção de hidrogênio verde. Acreditamos que essa é uma vocação importante que o RS precisa construir. Além disso, tivemos a oportunidade de convidá-los a participar, com suas empresas e startups ligados à inovação no setor de energia, da South Summit (4 a 6 de maio, em Porto Alegre), uma oportunidade de interação com outras empresas, com fundos de investimentos, com todos aqueles que queremos que participem da South Summit para alavancar a posição do RS em inovação e tecnologia”, disse Leite.

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Na AES, Leite apresentou a oportunidade de investimento em produção de hidrogênio verde no RS - Foto: Maicon Hinrichsen / Palácio Piratini

Em dezembro do ano passado, o governo do Estado assinou um memorando de entendimento com a empresa White Martins para implementação do programa Hidrogênio Verde – Construir e desenvolver energias renováveis no RS.

O RS tem empreendido estudos para fazer uma transição para descarbonização por meio do uso do hidrogênio verde, criando um novo ramo na matriz econômica de alta tecnologia e valor agregado. O Estado já opera com 80% da energia de matriz renovável, sendo cerca de 20% de energia eólica, cujo potencial de expansão ainda é grande.

A utilização de hidrogênio verde vai ao encontro do compromisso assumido pelo RS de neutralizar as emissões de carbono no Estado em 50% até 2030, meta assumida também pelo Brasil no Acordo de Paris.

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O RS tem empreendido estudos para fazer transição para descarbonização por meio do uso de hidrogênio verde - Foto: Maicon Hinrichsen / Palácio Piratini

Em novembro de 2021, Leite esteve na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, para reafirmar o compromisso do Estado.

A implementação de uma política pública de geração de hidrogênio verde também foi tema de reunião no International Finance Corporation (IFC), braço para financiamentos do Grupo Banco Mundial (World Bank Group).

Texto: Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom

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