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Emater/RS estima que área de trigo no RS deve crescer quase 20%

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Os agricultores gaúchos devem começar a plantar nas próximas semanas a maior área de trigo dos últimos 13 anos no Estado. De acordo com primeiro levantamento sobre intenção de plantio da Emater/RS, o cereal deve ocupar 955.006 hectares na safra 2003. A área é 19,33% maior que a do ano passado (800 mil hectares). A maior lavoura anterior a deste ano foi em 1990, com 986 mil hectares plantados. A capitalização devido aos ganhos com a soja e o milho, as condições do mercado mundial, o prognóstico climático favorável e os bons preços recebidos pelos produtores nos últimos meses são os motivos apontados pelos técnicos da Emater/RS para o aumento da área. Em 1º de maio, o preço médio do trigo estava 31,85% maior do que o praticado no ano passado, 36,45% acima do preço médio anual dos últimos cinco anos e 45,46% acima do preço médio nos meses de maio dos últimos cinco anos. Culturas de verão A Emater/RS concluiu também um novo levantamento sobre a produção de arroz no Estado. Os dados mostram uma expectativa de produção de 4.878.561 toneladas, com rendimento de 5.031 quilos por hectare em uma área plantada de 969.700 hectares. Os números indicam uma redução em relação à primeira estimativa de produção e produtividade para esta safra, que eram de 5,594 milhões de toneladas e de 5.769 quilos por hectare, respectivamente. Em relação ao ano passado, o novo levantamento prevê uma queda de 10,62% na produção (5.458.503 toneladas) e de 10,41?% na produtividade (5.616 quilos por hectare). Os principais motivos para a diminuição foram as péssimas condições climáticas enfrentadas pela cultura ao longo de seu ciclo. A pouca luminosidade e o excesso de chuva, principalmente nos meses de fevereiro a abril, fizeram com que as produtividades das lavouras plantadas mais no tarde tivessem seus rendimentos diminuídos em relação àquelas estabelecidas no cedo, diminuindo a média geral. Na última semana, a colheita de arroz no Estado chegou a 94% da área. A média histórica para o período é de 98% das lavouras colhidas. Também no milho houve avanços nos percentuais de área colhida, passando para 77% contra os 74% da semana anterior. Mesmo com a colheita da soja entrando na fase final, os percentuais do milho não deverão avançar significativamente, pois as lavouras que restam estão em áreas pequenas em que a colheita é retardada por motivos de logística (armazenamento e transporte) até meados de julho. A colheita da segunda safra do feijão se beneficiou das condições climáticas favoráveis da última semana, reduzindo a defasagem de colheita em relação a média histórica, que ainda é de 9%. Até aqui, as estimativas de rendimento da lavoura do feijão 2ª safra estão se confirmando. A estimativa atual da Emater/RS está em 938 quilos por hectare, mas com perspectivas de pequeno aumento na finalização da colheita, em função do bom desenvolvimento integrado clima/lavoura. Citros As atuais condições climáticas têm beneficiado a colheita das frutas cítricas nos vales do Taquari e Caí. As variedades de laranja do céu são as que apresentam maior área colhida de pomares. Em Pareci Novo, 38% das frutas já foram colhidas, com preço médio de R$ 7,00 a caixa M (mercado). A variedade umbigo Bahia já tem 13% da área colhida, com preços de vendas na média de R$ 10,00 pela caixa M. Em relação às bergamotas, a colheita mais adiantada é a da variedade Satsuma, com 85% colhida e preços de R$ 10,00 a caixa M. A variedade Caí apresenta-se com 20% colhidos e com preços ao produtor de R$ 8,00 pela caixa M.
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