Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Empresa anuncia investimento de US$ 1,8 bilhão para construção de plataforma oceânica

Publicação:

O governador Germano Rigotto anunciou, nesta quarta-feira (27), o investimento de US$ 1,8 bilhão da empresa Queiroz Galvão na construção da plataforma oceânica P-57, em Rio Grande, em terreno cedido pelo Estado. A montagem da P-57, que será instalada na Bacia Jubarte (ES) e terá 322 metros de altura, resulta em 1,6 mil empregos diretos e cerca de 5 mil indiretos. A previsão é que depois da concessão da licença ambiental, prevista para março, as obras fiquem prontas em um período de um ano. No canteiro de obras serão investidos R$ 20 milhões. O projeto da montagem da P-57 em Rio Grande consiste na construção do casco, dos módulos de produção, na integração e assistência à operação. Rigotto disse que a construção de uma nova plataforma oceânica em Rio Grande, ao lado da P-53, e desta vez com todos os módulos construídos no Estado, é mais um passo para consolidar o pólo naval gaúcho. Em Rio Grande também está em andamento a construção de um dique seco. Tenho certeza de que em nenhum outro período da história gaúcha se atraiu tantos grandes e megainvestimentos quanto nestes últimos quatro anos. E estes investimentos vão gerar emprego e renda durante muitos anos, disse Rigotto. O diretor da Queiroz Galvão, Mario Lucio Guimarães, afirmou que foi fundamental para a escolha do Rio Grande do Sul para a montagem da plataforma oceânica a cedência do terreno por parte do Governo do Estado, além dos incentivos fiscais e as condições técnicas como o calado apropriado e a infra-estrutura. A partir de agora, com um terreno para as operações técnicas, a Queiroz Galvão vai tentar trazer para cá todos os investimentos em que ela estiver participando, disse Guimarães. Participaram do anúncio os secretários do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, e de Coordenação e Planejamento, João Carlos Brum Torres. Pólo naval Em construção pelo consórcio formado pelas empresas WTorre, Estaleiro Rio Grande, Rio Bravo Investimentos, Quip e Petrobras, o dique seco de Rio Grande será o maior do país e representa 2 mil empregos. Terá 130 metros por 140 metros e calado de 13,8 metros. Nele serão construídas plataformas oceânicas de exploração de petróleo e gás, além da Plataforma P-53, junto ao Porto Novo. O investimento é de R$ 222,8 milhões. A existência de um dique seco é estratégica, porque o Brasil não dispõe de instalação desse tipo para manutenção e reparos de plataformas semi-submersíveis de grande porte. Quando necessários, os serviços têm de ser feitos no Exterior, com significativo aumento de custos. Entre as plataformas que poderão ser construídas, estão a P-55 e P-56, para os campos de Roncador e Marlim Sul, ambos na Bacia de Campos (RJ). Para a construção da plataforma P-53, são estimados US$ 370 milhões de investimento. A obra da unidade industrial está sob a responsabilidade da Quip - empresa controlada pelo consórcio Queiroz Galvão, Ultratec e Iesa - , também no Porto Novo, em área assegurada pelo Governo do Estado, de 27,4 hectares. Ali, serão feitos os módulos da plataforma e a montagem final, até o seu ingresso no oceano. Destinada ao campo Marlim Leste, a P-53 terá capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O número de empregos gerados pelo projeto chega a 4 mil. Por intermédio da Consulta Popular, o Estado já investiu R$ 1,2 milhão para formar 2.660 pessoas, entre Pelotas e Rio Grande, para trabalhar nos projetos do dique seco, da P-53 e agora da P-57.
Portal do Estado do Rio Grande do Sul