Encontro debate novas diretrizes para atenção aos idosos
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O I Encontro Estadual de Saúde do Idoso, promovido pela Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), foi encerrado na manhã desta terça-feira (26), no auditório do Centro Administrativo do Estado, com a perspectiva de que a execução de ações relativas à Política Estadual do Idoso será agilizada com a publicação ontem (25) de decreto que regulamenta estas atividades. O instrumento legal estabelece critérios na implantação de iniciativas articuladas e complementares, nos âmbitos estadual e municipais, repartindo as responsabilidades. O objetivo é assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade, proporcionando maior qualidade de vida. O evento na Capital reuniu profissionais das secretarias estaduais e municipais que têm atividades na área de atenção à saúde dos idosos e membros dos conselhos estadual e municipais de Saúde, entre outros. O grupo traçou um Plano de Ação Governamental com as linhas de ação, estratégias e eixos a serem seguidos e também as cobranças, que poderão avançar mais aceleradamente com a força do decreto. Além disso, o encontro também se propôs a refletir sobre esta política, seus avanços legais e históricos, e os desafios que ainda precisam ser enfrentados para sua efetiva implantação. A diretora em exercício do Departamento de Ações em Saúde da SES, Marly Oliveira, afirmou que, com o crescimento da expectativa de vida e, conseqüentemente, do percentual de idosos, é necessária uma atenção especial da área da saúde para esta faixa etária. O epidemiologista da SES Airton Fischmann expôs aos presentes o contexto demográfico do Rio Grande do Sul, onde verifica-se diminuição da taxa de natalidade, com tendência para estabilização nos próximos 20 anos, quando as curvas de nascimento e mortalidade, estima-se, irão se encontrar. Também se observa o aumento da população de idosos, com conseqüente aumento do custo social, tendência de mortalidade por doenças cerebrovasculares e diabetes e aumento do risco de morrer por quedas e de suicídio, a partir dos 70 anos. Tendo como base o ano de 2005, a população de pessoas com 60 anos ou mais no RS, segundo projeção do IBGE, é de 1.125.863 indivíduos, dos quais 409.384 residem na região Metropolitana. As principais causas de óbitos a partir dos 60 anos são: doenças do aparelho circulatório, respiratório, endócrinas, nutricionais e câncer. A importância de se conhecer todos estes dados, explica Fischmann, é que, com base neles, as ações de saúde e a destinação de recursos serão mais efetivas. A coordenadora da Política Estadual do Idoso, Jussara Rauth, lembrou o papel da família no cuidado com os idosos e a importância de fortalecer vínculos familiares. O encontro foi encerrado com a participação da psicóloga Zhélide Hunter, que abordou a questão psicológica nesta etapa da vida.