Entrada de carne com osso é inexpressiva no Estado
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Em 19 dias, o Rio Grande do Sul recebeu 1,4 mil toneladas de carne com osso de Rondônia, Acre e Santa Catrina, o equivalente a cerca de 6 mil animais, menos do que o abate feito em um só dia no Estado O Rio Grande do Sul recebeu 1,4 mil toneladas de carne com osso desde o último dia 10, quando a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio publicou a portaria 49/07, permitindo a entrada do produto dos estados do Acre, Rondônia, Santa Catarina e de dois municípios do Amazonas (Guajará e Boca do Acre). O número é inexpressivo, equivale a menos de 6 mil animais, ou seja, menos do que o abate feito em um só dia no Estado, que fica ao redor de 7 mil animais, avalia o secretário da Agricultura, João Carlos Machado. A compra do produto por frigoríficos gaúchos foi feita prioritariamente em Rondônia (90%), mas também veio carne com osso do Acre (8,7%) e de Santa Catarina (1,3%). Machado informa que a busca de produto de fora do Estado é localizada, insignificante no mercado gaúcho. Dois grandes frigoríficos são hoje responsáveis por cerca de 80% da aquisição de carne com osso de fora do Estado, revela o secretário. É uma opção de mercado, restrita a poucas empresas, com uma preferência específica e própria, afirma. Machado reitera que o Rio Grande do Sul vive um dos seus melhores momentos na pecuária, de safra gorda, com os pastos cheios e extrema qualidade da nossa carne. Países como o Chile e o Uruguai só compram gado gaúcho, pela sua reconhecida qualidade, destaca, acrescentando que os frigoríficos exportadores, que primam pela qualidade do produto encontrado no Estado, continuam dando preferência à carne gaúcha. Conforme levantamento do Departamento de Produção Animal (DPA), órgão da secretaria responsável pela garantia da sanidade animal dos rebanhos do Rio Grande do Sul, foram feitos 120 pedidos de autorização de entrada de carne com osso no Estado. Do total solicitado, a metade já ingressou no Rio Grande do Sul, segundo o chefe de Fiscalização do DPA, Fernando Groff. De acordo com ele, as normas exigidas para a compra do produto estão sendo rigorosamente cumpridas pelas empresas. O rebanho gaúcho é formado por cerca de 13 milhões de cabeças.