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Envelhecimento do trabalhador altera pirâmide etária

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A idade média da População Economicamente Ativa (PEA) da Região Metropolitana de Porto Alegre passou de 33,5 anos em 1993 para 35,3 em 2003, provocando uma reformulação da pirâmide etária da classe trabalhadora na região. A informação é da socióloga Norma Herminia Kreling, da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação de Economia e Estatística, publicada na edição de março da Carta de Conjuntura FEE.

Segundo a pesquisadora, a participação do contingente com idade de 40 anos e mais alcançou 37,4% em 2003, representando um incremento de 7,3 pontos percentuais em relação a 1993, quando sua participação na PEA era de 30,1%. Com isso, esse segmento alcançou, em 2003, a mesma proporção observada entre os indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, sendo que estes últimos, que tradicionalmente detinham a maior parcela na PEA, sofreram redução de 5,7 pontos percentuais na sua participação. Os segmentos mais jovens diminuíram sua participação na PEA, enquanto os adultos com 40 anos e mais foram os únicos que registraram aumento entre 1993 e 2003.

Norma Kreling ressalta que a nova configuração da pirâmide etária requer, por parte do Estado, uma reavaliação das estratégias de planejamento direcionadas a políticas públicas e sociais no âmbito do emprego. Lembra que, com as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, nos anos 90, o segmento maior de 40 anos, por exemplo, tornou-se mais suscetível às adversidades do mercado, como o maior crescimento do desemprego, paralelamente à ampliação de várias formas de precarização da mão-de-obra.

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