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Equipe do Banco Mundial realiza visitas técnicas no Vale do Taquari

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Quatro pessoas em pé formando um semicírculo e conversando. Atrás delas há mais três pessoas que não participam do diálogo mostrado na imagem. O grupo está em um ambiente aberto em uma das cidades atingidas pelas enchentes. Por isso, há escombros de casas destruídas pela força das água em todo o local.
A comitiva pode verificar in loco os estragos na infraestrutura das cidades e nas residências das famílias - Foto: Juliana Roll/BRDE

A missão do Banco Mundial (BM) que veio ao Rio Grande do Sul para conhecer a extensão da enchente do início de setembro realizou, ao longo desta quarta-feira (25/10), uma série de visitas técnicas no Vale do Taquari. A partir dos relatórios que recebeu das equipes do governo do Estado, a comitiva percorreu as áreas mais atingidas para verificar in loco os impactos do desastre climático. Com início em Muçum, o roteiro incluiu encontros com os prefeitos e lideranças dos municípios de Encantado, Santa Teresa, Roca Sales, Lajeado e Estrela.

As visitas ao Vale do Taquari fazem parte da agenda de reuniões de trabalho organizada pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). No primeiro dia da missão, na terça-feira (24/10), a equipe foi recebida pelo governador Eduardo Leite e participou de encontros com secretarias e a Defesa Civil. Na reunião, o vice-governador Gabriel Souza apresentou um relatório sobre os impactos da enchente.

Além de conferir os estragos na infraestrutura das cidades e nas residências das famílias, algumas delas ainda desalojadas, a equipe do BM procurou reunir informações sobre quais mecanismos de prevenção estavam disponíveis quando as águas do rio Taquari começaram a subir, a ponto de superar as marcas históricas. Liderada pelo diretor do BM para o Brasil, Johannes Zutt, a comitiva reúne especialistas em gerenciamento de riscos e desastres, assim como na área de desenvolvimento urbano.

Na avaliação do vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, a visita técnica pode auxiliar toda a região. “Não queremos criar expectativas nas comunidades, mas todo esse conhecimento da equipe do Banco Mundial, que já atuou em outros desastres pelo mundo, será muito útil no futuro, pois é importante termos um estudo técnico para evitar situações sem embasamento científico”, observou Ranolfo.

Uma das possibilidades é auxiliar os municípios através do programa Sul Resiliente, em parceria com o BRDE, que disponibiliza às prefeituras da região Sul uma linha de financiamento específica para projetos de qualificação da infraestrutura dos municípios para atenuar impactos de desastres naturais. Além de investir em obras para evitá-los, o programa permite a elaboração de projetos de engenharia, como mapeamento de risco e planos de contingência, treinamento de servidores municipais ou aquisição de sistemas e equipamentos para monitoramento de risco.

O diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, também acompanhou o roteiro pelo Vale do Taquari e ressaltou a importância da visita presencial do BM para que haja um melhor entendimento da dimensão dos estragos. “Importante ouvir os gestores municipais que viveram e vivem essa realidade tão difícil. Há um consenso sobre a importância de um estudo técnico com uma visão geral do Vale do Taquari, a fim de prevenir futuras enchentes”, acrescentou.

Técnicos do Gabinete do Vice-Governador, da secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura e da Defesa Civil do Estado também acompanharam as visitas. A missão do BM estará nos próximos dois dias em Santa Catarina, onde irão avaliar os impactos das cheias das últimas semanas no estado vizinho.

Texto: Pepo Kerschner/Ascom BRDE
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom

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