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Equipes do Estado avaliam retomada de serviços no hospital de Osório

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Duas equipes do Governo do Estado encontram-se em Osório, no litoral, trabalhando na avaliação do incêndio ocorrido, neste sábado (17), no Hospital Beneficente São Vicente de Paulo. Peritos do Instituto Geral de Perícias estão recolhendo informações sobre os focos das chamas e fazendo levantamento sobre causas e danos do sinistro. O laudo deve ficar prontoem três meses. Doisengenheiros do Centro Estadual de Vigilânciaem Saúde (Cevs), por sua vez, estão fazendo um diagnóstico sobre os estragos, com o objetivo de apontar as medidas necessárias para a recuperação das estruturas atingidas. Eles também avaliam as possibilidades de voltarem a funcionar alguns serviços do hospital, principalmente a hemodiálise.

Sobre os pacientes que estavam internados, eles foram recebidos por hospitais da região e da capital e encontram-se em condição de saúde estável, até o momento, não havendo nenhum relato de intoxicação por fumaça, informa a Secretaria Estadual da Saúde (SES). De um total de 77, 26 foram transferidos para Tramandaí, 3 para Capão da Canoa, 4 para Santo Antônio da Patrulha, 9 para Torres, 32 para o Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, e 3 ficaramem observação em Osório, mas já tiveram alta.  Todos estão sendo monitorados e será emitido um boletim sobre sua situação às 18h.

O posto central de saúde de Osório está funcionando em sistema de pronto atendimento 24 horas, com funcionários da prefeitura e do próprio hospital. A intenção é que o posto absorva os atendimentos de emergência da cidade e encaminhe os pacientes que necessitarem de internação aos hospitais da região. O principal problema, o mais urgente, é restabelecer o serviço de hemodiálise, uma vez que são 172 pacientes de 23 municípios da região Litoral Norte que necessitam deste atendimento.

Com uma média de cinco mil atendimentos de emergência por mês e 200 internações mensais, o Hospital São Vicente de Paulo tem abrangência regional e atende Osório, Capivari, Palmares, Mostardas e Tavares, nas especialidades de clínica geral e cirúrgica, pediatria, obstetrícia, traumatologia e psiquiatria. Toda a rede hospitalar na região funciona na sua capacidade máxima, e a hemodiálise no limite dessa capacidade.

As áreas mais atingidas pelo fogo foram a administração, a sala de endoscopia na emergência e  uma parte dos quartos dos pacientes. O raio x, que se temia que tivesse sido atingido, está intacto, sem nenhum problema, a sala foi atingida apenas por fumaça. Segundo relatos, a se confirmar com o trabalho da perícia, o incêndio teria começado com o estouro de um transformador na rua, que repercutiu na rede elétrica no interior do hospital. A instituição tem 89 anos, mas algumas alas foram construídas nos anos 70.

Texto: Sinara Sandri
Edição: Redação Secom

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