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Escoamento pauta a reinstalação da Câmara do Trigo nesta quarta-feira

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As discussões em torno do escoamento da produção gaúcha de trigo e da redução dos custos de produção para a cultura serão os pontos principais a serem debatidos nesta quarta-feira (18), em Passo Fundo, durante a reinstalação da Câmara Setorial da Cadeia
Escoamento pauta a reinstalação da Câmara do Trigo nesta quarta-feira

As discussões em torno do escoamento da produção gaúcha de trigo e da redução dos custos de produção para a cultura serão os pontos principais a serem debatidos nesta quarta-feira (18), em Passo Fundo, durante a reinstalação da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Trigo. O evento que contará com a participação do secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, está marcado para as 10h, no auditório da Embrapa Trigo.

O Coordenador Geral das Câmaras Setoriais e Temáticas da Seapa-RS, Dilson Bisognin, disse que o problema do escoamento da produção de trigo precisa ser resolvido com urgência, para que os produtores possam se capitalizar e assim buscar alternativas para mitigar os efeitos da estiagem. O Estado tem estimativa de produção de uma das maiores safras de trigo da história, com 2,742 milhões de toneladas, com alta produtividade e alta qualidade, mas é preciso achar formas de comercialização por meio do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP), ponderou Bisognin.

Frente ao cenário de alta produção, o Estado conta com um excedente de cerca de 1,8 milhões de toneladas, que precisam ser escoadas, para evitar que o alto volume de trigo disponível pressione os preços para baixo. É preciso garantir pelo menos os preços mínimos, cujo valor é de R$ 22,19 a saca de 60kg. Hoje estamos com valores R$ 5,00 abaixo do mínimo, afirmou o coordenador. Bisognin ressaltou, ainda, a necessidade de que o trigo seja escoado, para que as unidades de armazenamento sejam liberadas para receber a safra de verão.

Durante a reinstalação da Câmara serão criados grupos de trabalho voltados para a cadeia do trigo com foco na redução dos custos de produção para a cultura, com o objetivo de aumentar a competitividade do cereal no mercado. Sofremos com uma forte concorrência por parte da Argentina e, além disso, precisamos criar condições para exportar trigo, especialmente agora que 60% do que se produz no Estado é trigo tipo pão, de ótima qualidade, e apenas 40% tipo brando, diz Bisognin.

Outro grupo de trabalho será instalado para debater a questão do escoamento. Dados da Conab apontam que a estimativa para a safra 2011/2012 de trigo é de que os gaúchos ultrapassaram os paranaenses em termos de produção, chegando a 2,742 milhões de toneladas,contra os 2,5 milhões de toneladas produzidos pelo Paraná. Em termos de produtividade, a tendência é de alcançarmos 2.940kg por hectare, com área plantada estimada em 932 mil hectares. Na safra 2010/2011, os gaúchos colheram 1,974 milhões de toneladas.

Bisognin disse que o Estado tem potencial para aumentar ainda mais a área plantada do trigo, trazendo, além dos benefícios econômicos, vantagens técnicas para as lavouras. O plantio do trigo é importante para cobrir o solo, durante o inverno, para fazer a rotação de culturas e também otimizar o uso das máquinas agrícolas a campo.

Texto: Ana Esteves
Foto: Fernando Dias
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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