Escola Aberta triplica o número de participantes
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O projeto Escola Aberta para a Cidadania, instituído no ano passado com a participação de 51 escolas da rede pública estadual, já reúne neste ano 150 escolas e é visto pelo Governo do Estado como um programa de inclusão social de grandes resultados. A iniciativa baseia-se na idéia de que, abrindo os estabelecimentos de ensino nos finais de semana, para oferecer atividades esportivas, de lazer, artísticas, sociais e culturais às comunidades mais pobres, é possível diminuir os índices de violência e fortalecer o papel da escola como pólo irradiador de cultura. O que se observa é que os colégios envolvidos transformam-se em centros de integração entre pais, filhos, professores e vizinhos, criando um clima em que o ócio reverte em instrumento de combate à violência. Está provado que, principalmente entre as populações mais carentes, grande parte dos casos de violência ocorre nos fins de semana, quando os jovens ficam se opção de lazer nas comunidades onde vivem. Por isso, trouxemos uma alternativa que, mais do que abrir as portas, abre horizontes e barra o caminho da violência entre os nossos jovens, diz o secretário da Educação, José Fortunati. Desenvolvido com o aval da Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura -, o programa ganhou em março deste ano um Festival de Música e o campeonato Dos 8 aos 80 Jogando na Escola Aberta, do qual participam tanto crianças e adolescentes como adultos até a terceira idade. Busca-se, sempre, um maior número de atividades. Com este projeto, integrou-se de forma mais ampla as escolas e as comunidades, e foram criadas alternativas de entretenimento, esporte e cultura onde os espaços urbanos para esses fins estão desaparecendo, afirma Fortunati. Estrutura A Secretaria da Educação coloca à disposição uma equipe executora e um grupo de apoio técnico formado por consultores de mobilização social, desportos, artes e música. Além desses profissionais, atuam também as assessorias jurídica, financeira e de comunicação social, e auxiliares administrativos da Secretaria. De parte das escolas, são designados um coordenador do projeto, um monitor (que pode ser um representante do próprio colégio ou da comunidade), um grupo de trabalho e monitores de oficinas. Para participar, o interessado deve entrar em contato com a Coordenadoria Regional à qual pertence a escola de sua comunidade ou procurar diretamente a escola realizadora do projeto, onde pode propor idéias para a realização de oficinas ou outras atividades. Este é um projeto que trabalha na dimensão de uma cultura para a paz e dos direitos humanos, nos níveis macro e micro sociais onde esta questão é urgente. A luta pelos direitos humanos se dá no cotidiano, e a percepção que cada pessoa tem dos seus direitos como pessoa está condicionada ao lugar que ocupa na sociedade, diz o coordenador-geral do Escola Aberta para a Cidadania, Luís Afonso Medeiros.