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Espaço de dignidade e acolhimento

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Por Gabriel Souza

Vida. Esperança. Recomeço. Estas palavras dão nome aos Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs) implementados pelo governo do Estado para acolher quem perdeu tudo nas enchentes. Uma solução transitória com dignidade e proteção para as famílias, enquanto aguardam suas moradias definitivas. Instalados em Porto Alegre e Canoas, os CHAs foram financiados com recursos do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac e são geridos pela OIM, Agência da ONU para Migrações.

Em um esforço conjunto com prefeituras, entidades, ONGs e iniciativa privada, entregamos em pouco mais de um mês os três centros que, juntos, podem acolher mais de 2 mil pessoas. O tempo de quem dorme em espaços improvisados no chão de ginásios e sem nenhuma privacidade é o agora, o imediato. Por isso, um projeto que em tempos normais levaria de oito a dez meses para ser executado, foi colocado de pé em semanas.

A colaboração com agências da ONU, como ACNUR e OIM, traz expertise valiosa na gestão de crises humanitárias, garantindo que os Centros adotem as melhores práticas em acolhimento emergencial. A infraestrutura inclui refeitório, lavanderia coletiva, fraldário, brinquedoteca, banheiros e dormitórios privados, áreas de convivência, internet, três refeições diárias, segurança e assistência médica e social.

No rosto dos acolhidos estão as marcas da superação, de quem perdeu muito - ou quase tudo -, mas tem o bem mais valioso: a vida. Histórias como a da Raquel, do César, ou da pequena Helena são distintas e, ao mesmo tempo, comuns: relatos de quem venceu a tragédia e olha para o futuro com esperança para recomeçar.

Mais do que um local transitório, os Centros são um apoio para que eles possam dar os primeiros passos e reconstruir suas vidas. A próxima etapa do trabalho nos CHAs será a realização de ações de inclusão, empregabilidade e cursos profissionalizantes. Neste momento em que a solidariedade é tão importante, os Centros de Acolhimento representam o compromisso com a dignidade humana, garantindo que ninguém seja deixado para trás.

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