O secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack, divulgou hoje (15) o documento “Geração Própria X Intercâmbio de Energia, a Auto-Suficiência do Estado em Geração de Energia”, mostrando que a capacidade instalada atual do Rio Grandes do Sul chegou a 4.588,8 megawatts (MW), assim distribuídos: hidroelétricas (2982,2 MW), pequenas centrais hidroelétricas (147.7), eólicoelétricas (50), termoelétricas a carvão (535), termoelétricas a óleo (90), termelétricas a gás (760), pequenas centrais térmicas (23,9). Apesar da capacidade instalada suprir perfeitamente todas as necessidades do Estado (em torno de 3.000 MW médios), a média de geração atual é em torno de 1.300 a 1.500 MW médios, o que obriga o RS a buscar energia para a sua demanda no sistema interligado. “Temos energia de sobra em capacidade instalada e não como geração”, esclareceu ele. Brack explica que esta limitação na geração é motivada por vários fatores. Ele citou problemas climáticos, com estiagens prolongadas nos últimos dois anos, indisponibilidade da Unidade Termoelétrica de Uruguaiana, por corte no fornecimento de gás por parte da Argentina e indisponibilidades técnicas freqüentes da Unidade Térmica Presidente Médici. A importação de energia pelo RS neste ano tem se situado em torno de 55% a 60% em razão destes problemas, mas com as precipitações recentes a situação melhorou sensivelmente, diz Brack. Nas duas últimas semanas, a geração de energia no Rio Grande do Sul aumentou cerca de 16%. Com isso, a importação de energia para o Estado diminui para 46,04%. O secretário afirma que atualmente o Rio Grande do Sul enfrenta uma situação mais confortável em termos de geração de energia em relação às semanas anteriores. “A produção de energia do Estado no dia 13 de agosto, por exemplo, foi de 1599,9 MW, o correspondente a 53,96% do consumo”, explica. Brack ressaltou que o documento também destaca as projeções do setor para 2010 em investimentos que estão em construção e em projeto nas áreas hidroelétricas, pequenas centrais hidroelétricas, eólicoelétricas, térmicas a carvão e biomassa. Estas iniciativas – a maioria em andamento em obras ou em estudos de viabilidade técnica e ambiental – atingem um total de 1580,1 MW em construção e 1.263,7 MW em projetos. Entre as principais obras estão a Unidade Térmica Jacuí com 450 MW e a Presidente Médici (fase C), da CGTEE, com 350 MW. Entre os projetos em andamento, estão a Unidade Térmica CTSUL com 650 MW e a Unidade Térmica Seival com 500 MW.