Estado atrai investimentos de R$ 30,7 bilhões em 45 meses
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Transcorridos 45 meses do atual governo, o Rio Grande do Sul acumula a atração de R$ 30,7 bilhões em 318 novos investimentos privados, que proporcionam a abertura de 57,3 mil postos de trabalho. Considerando-se apenas os últimos seis meses, foram anunciados R$ 4,8 bilhões. O secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, credita esse fluxo contínuo de investimentos aos atributos do Estado, que ocupa posição geográfica estratégica e eqüidistante dos maiores pólos (São Paulo e Buenos Aires) do Mercosul, apresenta boa infra-estrutura, tem mão-de-obra qualificada e dispõe de incentivos fiscais positivos. Somente neste mês de setembro, o Governo do Estado anunciou investimentos de R$ 200 milhões da Masisa do Brasil para a produção de chapas de MDF no Distrito Industrial de Montenegro, e R$ 26 milhões da Marfrig Frigoríficos e Comércio de Alimentos para a reativação, expansão e modernização da planta industrial de São Gabriel. Ao mesmo tempo, concedeu incentivos do Fundo Operação Empresa (Fundopem) para a expansão industrial da empresa de refrigerantes Fruki, com sede em Lajeado, para a Neoform Plásticos, estabelecida em Gravataí, e para a Fras-Le, de Caxias do Sul, que será ampliada dentro do plano de expansão das unidades do Grupo Randon no Estado. O Integrar RS, que oferece incentivos maiores às empresas que se instalam na Metade Sul do Estado, historicamente menos desenvolvida, e o Fundopem são considerados, ambos, incentivos fiscais positivos, porque atraem investimentos sem provocar guerra fiscal. A Caixa RS é outro instrumento do governo gaúcho para a atração de empresas. Maiores valores Com R$ R$ 10,1 bilhões, o setor energético foi o que atraiu mais investimentos, tendo como ponta de lança a ampliação da capacidade de processamento da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas, com R$ 2,4 bilhões. Outros investimentos vultosos foram para a unidade hidroelétrica (UHE) Barra Grande, em Esmeralda, com R$ 983 milhões, e para as usinas termelétricas Jacuí 1, em Charqueadas, com R$ 943 milhões, e Candiota 3, da CGTEE, em Candiota, com R$ 939 milhões. Ainda na área energética, despontam investimentos em energia eólica, biodiesel, biomassa, álcool e pequenas centrais hidrelétricas (PCH), além de aplicações no sistema de transmissão. Também são carros-chefes dos investimentos no Rio Grande do Sul as empresas que detêm projetos de celulose/papel/papelão. Individualmente, são as de maior volume aplicado. A Votorantim Celulose e Papel soma R$ 3,5 bilhões entre fábrica e florestas em 14 municípios da Metade Sul: Aceguá, Arroio Grande, Bagé, Candiota, Capão do Leão, Cerrito, Herval, Jaguarão, Pedras Altas, Pedro Osório, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini e Rio Grande. A Stora-Enso, também com fábrica e florestas em oito municípios da Metade Sul, investiu R$ 3 bilhões. Atua em Alegrete, Cacequi, Maçambará, Manuel Viana, Rosário do Sul, Santiago, São Francisco de Assis e Unistalda. A Aracruz Celulose totaliza R$ 2,7 bilhões nas suas unidades de Guaíba e Barra do Ribeiro, na Grande Porto Alegre. Considerando-se todos os empreendimentos desse segmento, foram investidos no Estado R$ 9,3 bilhões na atual administração. O terceiro segmento com maior volume de recursos é o metal-mecânico/automotivo/indústria naval. Totalizou R$ 5,2 bilhões, compreendendo 86 empreendimentos espalhados por todo o Estado. Consórcio QUIP, em Rio Grande, Gerdau Açominas, em Charqueadas, General Motors, em Gravataí, Randon, em Caxias do Sul, John Deere do Brasil, em Horizontina e Montenegro, e Estaleiro Rio Grande/Wtorre, em Rio Grande, pontificam com os maiores valores. Completam a relação dos maciços investimentos feitos no Rio Grande do Sul nesses 45 meses os setores químico-petroquímico/borracha, produtos alimentícios, fumo, eletro-eletrônico/informática/telecomunicações, madeira/móveis/artefatos, bebidas, logística/serviços, têxtil-vestuário/couro-calçados, farmacêutico e minerais não-metálicos.