Estado compra 237 hectares em Giruá para reassentar famílias da Reserva da Serrinha
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O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, assinou, nesta segunda-feira (29), em Ronda Alta, a escritura de compra de 237 hectares no município de Giruá, na região das Missões, para reassentar famílias que ainda estão na Reserva Indígena da Serrinha, em Engenho Velho.
O investimento do governo do Estado soma R$ 3 milhões, que serão pagos em cinco parcelas; a primeira com vencimento nesta terça-feira (30), no valor de R$ 1 milhão. Inicialmente, a previsão era reassentar 17 famílias, mas Machado diz que 20 famílias serão beneficiadas. Cada família receberá de 12 a 15 hectares de terras, informa. Estamos recuperando uma dívida histórica, de 11 anos, com estas famílias, ressalta o secretário.
O reassentamento dos agricultores será feito em maio, após o pagamento da última parcela da área e da colheira da atual produção da fazenda. Enquanto isso, iremos demarcar a área de cada família e abrir poços artesianos no local, avisa o diretor do Departamento de Desenvolvimento Agrário (DDA), Carlos Pacheco. Ele lembra que em 2007 foram reassentadas outras 40 famílias que estavam na reserva, que abrange os municípios de Ronda Alta, Três Palmeiras, Constantina e Engenho Velho. Elas foram deslocadas para 533 hectares da Fazenda Santa Lúcia, no município de Quatro Irmãos, adquirida por R$ 4,8 milhões pelo Estado.
Balanço
No início do ano passado, cerca de 340 famílias esperavam havia 11 anos para serem reassentadas ou indenizadas no Rio Grande do Sul. Ao serem realocados de seus imóveis rurais, os colonos podem optar se querem um novo lote ou compensação em dinheiro. Até agora, a Secretaria da Agricultura reassentou ou indenizou 190 famílias de produtores rurais (55,8% do total), liberando R$ 15,1 milhões.
Com a compra da área em Giruá, 2008 terminará com 61,76% das famílias indenizadas ou reassentadas. O investimento alcança R$ 18,1 milhões, beneficiando 210 agricultores desalojados de seus imóveis devido à demarcação das reservas indígenas da Serrinha e de Nonoai, entre os municípios de Planalto e Nonoai. Vamos trabalhar para zerar esta demanda até o final de 2009, um ano antes da previsão inicial, projeta o secretário.