O Rio Grande do Sul está livre da Doença de Aujeszky. A erradicação da enfermidade em território gaúcho foi anunciada nesta quarta-feira (2) pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA), pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips). Em 2003, ocorreu a incidência da moléstia nos rebanhos dos municípios de Pinheirinho do Vale, Erechim, Aratiba, São Valentim e Ponte Preta, quando ocorreram o sacrifício e o abate sanitário 27.872 cabeças. Hoje se nota que a decisão pela eliminação de plantéis infectados para erradicação da doença foi acertada, avalia o secretário da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein. Para a diretora do Departamento de Produção Animal (DPA) da SAA, veterinária Ildara Vargas, a partir da solução dos episódios de Pinheirinho do Vale e de Aratiba, o Rio Grande do Sul tem base para formatar um novo sistema de defesa sanitária. O coordenador da Operação Aratiba, desenvolvida pelo DPA para erradicar o Aujeszky, veterinário Pedro Stoll, mostra os números da ação. O trabalho se estendeu por 630 propriedades rurais do Alto Uruguai, 77 granjas tiveram de ser despovoadas e 109 mil cabeças foram rastreadas, detalha. As indenizações pagas pelo Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa) para proprietários de animais abatidos e sacrificados chegou a R$1,84 milhão. O presidente do Sips, Luiz Augusto Albertoni, aponta a importância do fim da enfermidade para a exportação da suínos. Em maio, o Rio Grande do Sul produziu 29 mil toneladas de carne suína e o comercialização internacional ficou em 9 mil toneladas, aproximadamente um terço do total, revela o dirigente. A Rússia, por exemplo, não importa o produto de municípios onde tenha ocorrido a doença nos últimos 12 meses.