O jogo entre Argentina e Nigéria é apenas na próxima semana, dia 25 de junho, quarta-feira, às 13h. Mas o Estado já começa a receber turistas do país vizinho. Até a data da partida, a Fifa estima que cerca de 60 mil hermanos estarão hospedados em terras gaúchas. A distância entre Porto Alegre e o país vizinho é um dos principais fatores para tão expressiva previsão. A capital gaúcha fica bem mais perto de Buenos Aires (1.063 quilômetros distantes) que São Paulo, outra sede dos jogos da Copa, por exemplo.

Com um público estimado duas vezes superior ao maior registrado no Estado até aqui na competição, na partida entre Austrália e Holanda, que foi de 30 mil pessoas durante o Caminho do Gol, trecho da avenida Borges de Medeiros até o Estádio Beira-Rio, a Secretaria de Segurança Pública do Estado irá destacar um efetivo maior para permanecer na Capital.

“A vinda deles traz mais afluxo de pessoas. Muitos vão a hotéis, à casa de amigos. Temos uma relação muito próxima com eles. Como serão muitos, para que possamos recebê-los melhor, poder cuidar de seus deslocamentos, teremos um efetivo maior”, explica o secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels.

Em função desta proximidade cultural entre Rio Grande do Sul e o país do Prata, a rivalidade entre Brasil e Argentina deverá ficar apenas dentro de campo. Com a raça típica dos povos do pampa, a torcida “castelhana” promete fazer a maior festa na cidade durante o Mundial.

Se a presença dos holandeses, mais franceses e australianos, coloriu as ruas de Porto Alegre nos últimos dias, com um mar laranja de milhares de pessoas que contagiou a população local, com a vinda dos Hermanos o Rio Grande do Sul ficará inundado de azul.

“Queremos essa mesma festa (que houve com a presença de holandeses, franceses e australianos) com os argentinos. Esse mar laranja que marcou a história de Porto Alegre. Tenho certeza de que a população receberá bem (os torcedores argentinos), até com mais carinho pela nossa proximidade”, avalia Michels.

Trabalho conjunto das polícias

É necessário diferenciar os torcedores argentinos que chegarão a Porto Alegre daqueles que tanto se teme: os Barra Bravas. Estes não terão sua entrada no Estado permitida. Graças a um trabalho conjunto entre as polícias brasileiras, Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, estão sendo controlados, tanto nas fronteiras, como em aeroporto e rodoviária. O turista que virá a Porto Alegre tem o mesmo perfil dos que por aqui já estiveram.

“Queremos que a Copa saia da melhor maneira possível. Assim, não permitiremos que estas pessoas que estiverem aqui tenham sua estadia perturbada por torcidas violentas” ressalta o secretário.

Ao todo, há 5.235 servidores da segurança pública atuando durante a Copa do Mundo em Porto Alegre, envolvidos diretamente com o evento. São 270 no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), 2.346 policiais militares, 700 policiais civis, 200 bombeiros, 50 do Instituto-Geral de Perícias, 575 da Polícia Federal, 300 da Polícia Rodoviária Federal, além de 144 da Guarda Municipal e 650 da EPTC.

Texto: Luiz Jacomini
Edição: Redação Secom

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