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Estado inaugura novas instalações de escola indígena em Porto Alegre

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Foram investidos R$ 3,6 milhões do Tesouro do Estado em obra aguardada há 10 anos - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

O governador Eduardo Leite e a secretária da Educação, Raquel Teixeira, participaram, na tarde desta quarta-feira (23/3), da inauguração das novas instalações da Escola Estadual Indígena de Ensino Médio Anhetenguá, em Porto Alegre. Localizada na Terra Indígena Anhetenguá, na Lomba do Pinheiro, a escola oferece vagas para a educação infantil (em turno integral), o ensino fundamental e o ensino médio para estudantes do povo guarani.

A escola, que existe desde 2004, funcionava com uma estrutura que não atendia às necessidades da comunidade. Com um investimento de R$ 3,6 milhões do Tesouro do Estado, a obra que era aguardada há 10 anos teve início em 2019 e foi concluída no fim do ano passado. Foram construídos dois prédios com 10 salas de aula, banheiros, parquinho infantil, laboratório de ciências, quadra coberta para recreação, quadra coberta de esportes, além de áreas cobertas nas passarelas. No prédio antigo, duas salas serão adaptadas para abrigar a biblioteca e o laboratório de informática.

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Conforme Leite, é importante preservar e valorizar a cultura desta comunidade: "fico muito feliz termos dado nossa contribuição" - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

O governador Eduardo Leite falou sobre a importância de um espaço de educação que acolha e valorize a cultura indígena. “É preciso reconhecer a imensa dívida com os povos originários. Por isso é importante termos uma escola com todas as condições para o desenvolvimento das crianças e dos jovens, ao mesmo tempo em que preserva e valoriza a cultura desta comunidade. Fico muito feliz de podermos ter dado a nossa contribuição para que essa nova escola pudesse ser construída. Que seja um espaço de felicidade e acolhimento. Foi, com certeza, uma conquista da luta desta comunidade”, disse.

No ato de inauguração, os indígenas expuseram artesanato e apresentaram músicas e danças típicas em uma apresentação do coral Tekô Guarani. A secretária Raquel Teixeira destacou a necessidade de conciliar inovação e tradição no processo educacional.

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Na nova área, 10 salas de aula e laboratório de ciências: salas antigas serão biblioteca e laboratório de informática - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
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Quadras cobertas de esportes e para recreação, além de parquinho, estão entre as novas estruturas - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

“Todo nosso respeito e admiração pelos povos originários desta terra, que tem resistido, lutado e desenvolvido o amor à natureza, sua cultura e suas crenças. Há um consenso entre os estudiosos de que os povos mais avançados são aqueles que sabem conjugar modernidade com tradição. Então é importante que no espaço da escola também haja o reconhecimento desta cultura histórica”, disse.

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Secretária Raquel Teixeira, governador Leite o o cacique José Cirilo Morinico acompanharam apresentações dos alunos - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Após o ato, o governador, acompanhado do cacique José Cirilo Morinico, conheceu as novas instalações da escola. A instituição de ensino atende, atualmente, 75 estudantes da comunidade. Com as melhorias, o local ampliou a capacidade para 200 alunos.

Escolas indígenas

Ao todo, o Rio Grande do Sul tem 90 escolas indígenas e mais de 7.000 estudantes distribuídos nas regiões das Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) de Porto Alegre, São Leopoldo, Estrela, Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Osório, Guaíba, Bagé, Santo Ângelo, Erechim, Bento Gonçalves, Rio Grande, Palmeira das Missões, Três passos, Gravataí e Carazinho.

Texto: Thamiris Mondin e Ascom Seduc
Edição: Marcelo Flach/Secom

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