Foi lançado em São Paulo, na manhã desta terça-feira (23/5), o movimento Pacto contra a Fome. O Rio Grande do Sul participou do evento por meio da Secretaria de Assistência Social (SAS), com o secretário Beto Fantinel representando o governador Eduardo Leite.

O objetivo do pacto é unir esforços para uma parceria entre os setores público e privado a fim de combater a insegurança alimentar no Brasil. O movimento pretende erradicar a fome no Brasil até 2030 e zerar o número de pessoas em qualquer nível de insegurança alimentar no país até 2040. O projeto tem três pilares para alcançar os resultados: inteligência, articulação e incentivos.

Fantinel reforçou o compromisso da SAS com o tema. “Na secretaria, temos a Diretoria de Segurança Alimentar, que trabalha diretamente com essa pauta. Agora, de forma estratégica e com a mobilização da sociedade civil vamos superar a fome no Rio Grande do Sul e no Brasil”, afirmou Fantinel.

Idealizado pela empresária e economista Geyse Diniz, a iniciativa integra soluções digitais, parceiros estratégicos e sociedade civil em torno de ações que contribuem com a segurança alimentar e nutricional. Especialistas, consultores, gestores públicos e líderes de algumas das principais entidades da sociedade civil organizada foram convidados a fazer parte do movimento para elaboração e promoção de soluções duradouras no combate à fome e ao desperdício de alimentos no Brasil.

A iniciativa também inclui a campanha “Com fome não dá”, que será veiculada nacionalmente e conta com a participação de personalidades de diferentes setores.

O evento teve a presença dos ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; e do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes.

Cenário

Segundo dados recentes da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança alimentar e Nutricional (Penssan), estima-se que cerca de 33 milhões de brasileiros encontram-se em situação de insegurança alimentar. Para alimentar essas pessoas com uma dieta balanceada e rica em nutrientes seriam necessárias pouco mais de 7 milhões de toneladas de comida em um ano. O país costuma desperdiçar 55 milhões de toneladas no mesmo período, o que representa quase oito vezes o necessário.

Pelo menos metade da população gaúcha, em torno de 48% da população, vive algum grau de insegurança alimentar e nutricional. A situação é ainda mais grave em lares com crianças de zero a dez anos: em três de cada dez casas falta comida.

_{Texto: Maria Emilia Portella/Ascom SAS
Edição: Felipe Borges/Secom}