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Estado premia professores, alunos e escolas com R$ 40 mil por trabalhos sobre integridade e combate à corrupção

Terceira edição do Projeto Escola Íntegra avaliou mais de mil produções

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Um grande auditório com painel projetado ao fundo exibindo o texto “Dia Internacional Contra a Corrupção”. Na frente do palco, em linha, estão cerca de 15 pessoas — estudantes, servidores e militares — segurando troféus e placas de premiação. Todos posam para a foto.
Cerimônia integrou solenidade em comemoração ao Dia Internacional Contra a Corrupção - Foto: Robson Nunes/Ascom Sefaz

O auditório do Ministério Público, em Porto Alegre, virou a casa de dezenas de jovens de escolas públicas na manhã desta terça-feira (18/11). Eles foram ao local para acompanhar a premiação da terceira edição do Projeto Escola Íntegra (PEI), que avalia trabalhos artísticos de alunos que enaltecem a cultura da integridade e do combate à corrupção. Ao final do evento, parte deles saiu com troféus em mãos: foram R$ 40 mil distribuídos a estudantes, professores e instituições de educação.

Capitaneado pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), órgão vinculado à Secretaria da Fazenda (Sefaz), em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc), o concurso foi estendido a colégios do Ensino Médio de todos municípios do Rio Grande do Sul pela primeira vez – antes, era restrito a Porto Alegre. A manifestação artística é livre, desde que seja mantido o tema – dessa forma, os avaliadores se depararam com textos, desenhos, músicas e vídeos, entre outras manifestações artísticas.

Três jovens foram premiados em cada ano do Ensino Médio: o primeiro lugar recebeu R$ 3 mil; o segundo, R$ 2 mil; e o terceiro, R$ 1 mil – totalizando R$ 18 mil (veja a lista abaixo).

O aluno Kevin Franco Cruz Silveira, da escola Roque Gonzales, em Porto Alegre, desenvolveu um jogo para tratar do tema e foi o destaque entre os participantes do 1º ano. O game simula uma sala de aula, e os jogadores são confrontados com diferentes desafios, tendo que tomar decisões. Ao final, recebem um resultado sobre sua postura ética.

“Poder me expressar da forma que gosto foi muito significativo. Acho que podemos passar mensagens importantes por meio dos jogos”, contou Kevin.

Vários troféus dourados, pequenos, alinhados sobre uma mesa de madeira. No topo, há um círculo com o logo “Escola Integra”. As bases são pretas com etiquetas de identificação.
Estudantes reconhecidos receberam troféus - Foto: Robson Nunes/Ascom Sefaz

Participando pela primeira vez após a ampliação do concurso para todo o Estado, a jovem Júlia Oppermann Kipper, de São Leopoldo, no Vale do Sinos, foi a ganhadora do 3º ano. A adolescente, que está em seus últimos dias da trajetória escolar, fez um desenho com pintura em aquarela, destacando elementos que remetem à ganância e, em contraposição, à justiça.

“Integridade é algo que a gente vive todos os dias, mas foi a primeira vez que trabalhei com isso. Foi difícil trazer para um desenho, porque é um tema abstrato, fugiu do convencional. Quando recebi a mensagem dizendo que seria premiada, não acreditei. Fiquei nervosa. Mas valeu a pena”, comemorou Júlia.

A cerimônia integrou a solenidade em comemoração ao Dia Internacional Contra a Corrupção, promovido pela Rede de Controle da Gestão Pública do Rio Grande do Sul, entidade que reúne órgãos de controle de várias esferas da administração pública. O procurador-geral de Justiça do RS, Alexandre Saltz, foi o responsável pela abertura do encontro.

Outras premiações

Além dos estudantes, professoras também foram reconhecidas pelo comprometimento e apoio no desenvolvimento de trabalhos. A “madrinha” que ficou em primeiro lugar foi contemplada com R$ 6 mil, enquanto a segunda colocada recebeu R$ 5 mil. O critério foi o número de indicações dos orientandos.

Uma delas foi a professora Sirlei Henrique, da escola Padre Réus, na capital – também vencedora de outras edições. “É um prazer ter alunos que valorizam a arte. Na escola onde atuo, temos o compromisso de trabalhar com isso, com todos os colegas”, orgulhou-se.

Dois homens de terno estão em pé diante de uma mesa com brasão oficial de madeira. Um deles segura papéis. O outro fala ao microfone. Ao fundo, cadeiras vazias e iluminação em vermelho e verde nas paredes.
Flávio Longhi e Carlos Geminiano destacaram importância de trabalho educacional com a juventude - Foto: Robson Nunes/Ascom Sefaz

As duas escolas com o maior número proporcional de alunos participantes também foram premiadas: cada uma recebeu R$ 5 mil. O concurso ainda destinou R$ 1 mil, por meio de sorteio, a uma estudante não premiada.

Mais de mil inscritos

No total, 1.074 trabalhos foram inscritos por estudantes do Ensino Médio. O alto número reflete a ampliação do concurso para todo o Estado e o compromisso dos servidores em engajar, cada vez mais, a comunidade escolar.

“Receber mais de mil inscrições significa ter mais de mil jovens que construíram uma reflexão em cima do conceito da integridade. Isso é muito poderoso para o futuro”, celebrou Flávio Longhi, que integra a equipe do Escola Íntegra com os colegas Aline Amirati, Tayguara Moreira e Paulo Roberto Ferreira.

“O sucesso desta edição mostra que estamos no caminho certo para promover uma nova cultura entre os jovens, que já começa na escola com as discussões sobre integridade”, complementou o coordenador da iniciativa, Álvaro Luís Gonçalves Santos.

Para o titular da Cage, o contador e auditor-geral do Estado, Carlos Geminiano, o evento foi um momento para consolidar o avanço do Escola Íntegra e para homenagear quem vive o dia a dia das escolas públicas. “Fico muito emocionado quando venho nas premiações porque, assim como outros colegas, também sou de escola pública. E isso era uma prática que a gente pouco discutia. Me dá uma satisfação muito grande ver o tema da integridade nos colégios. Aproveito para homenagear todos os professores que se desafiam todos os dias a assumir esse compromisso”, disse.

Um auditório amplo, cheio de pessoas sentadas assistindo a uma apresentação. No palco, há um telão grande projetando a imagem de uma mulher falando, com legendas. Luzes no teto iluminam o ambiente.
Auditório do Ministério Público, em Porto Alegre, recebeu grande público - Foto: Robson Nunes/Ascom Sefaz

Relação de premiados

1º Ano do Ensino Médio

  • 1º Kevin Franco Cruz Silveira – E.E.E.M. Roque Gonzales | Porto Alegre (R$ 3 mil)
  • 2º Emanuelly Damarys Lima da Silva – E.E.E.M. Padre Réus | Porto Alegre (R$ 2 mil)
  • 3º Gabrielle Eduarda Trindade Freitas - E.E.E.M. Roque Gonzales | Porto Alegre (R$ 1 mil)

2º Ano do Ensino Médio

  • 1º Gustavo Bernardo Muller – Colégio Tiradentes da Brigada Militar | Porto Alegre (R$ 3 mil)
  • 2º Marina Vitoria Domingues da Rosa – E.E.E.M. Padre Réus | Porto Alegre (R$ 2 mil)
  • 3º Victor Gabriel Duarte Zatta – E.E.E.M. Padre Réus | Porto Alegre (R$ 1 mil)

3º Ano do Ensino Médio

  • 1º Julia Oppermann Kipper – E.E.E.M. Cristo Rei | São Leopoldo (R$ 3 mil)
  • 2º Giovanna Tosi Rodrigues – Colégio Tiradentes da Brigada Militar | Porto Alegre (R$ 2 mil)
  • 3º Rebeca Sigal de Paula – E.E.E.M. Roque Gonzales | Porto Alegre (R$ 1 mil)

Professoras premiadas

  • 1º Sirlei Henrique – E.E.E.M. Padre Réus | Porto Alegre (R$ 6 mil)
  • 2º Simone Sartori – E.E.E.M. Roque Gonzales | Porto Alegre (R$ 5 mil)

Escolas premiadas

  • Colégio Tiradentes | Caxias do Sul (R$ 5 mil)
  • E.E.E.M. Donato Caumo | Coqueiro Baixo (R$ 5 mil)

Sorteio

  • Maria Eduarda Zaro – Colégio Tiradentes | Caxias do Sul (R$ 1 mil)

Texto: Bibiana Dihl/Ascom Sefaz 
Edição: Secom

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