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Estado qualifica funcionários no combate à tuberculose

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A tuberculose é declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como em situação de emergência nos países em desenvolvimento desde 1993. Por isso, com o objetivo de melhorar o atendimento à população e agilizar o diagnóstico da doença, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS), com o apoio do Ministério da Saúde, realizará, de amanhã (22) a sexta-feira, o curso de Capacitação de Multiplicadores em baciloscopia e Sistema de Informação de Laboratório de Tuberculose (SILTB). A atividade será realizada no City Hotel, em Porto Alegre, e faz parte do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), desenvolvido no Estado desde 2004. Entre os meses de julho e agosto, já foram realizadas na Capital duas oficinas dentro deste programa de qualificação. O curso desta semana é a atividade de encerramento da programação. O principal objetivo do SILTB é criar uma rede de diagnóstico de laboratório e capacitar os funcionários para o exame de baciloscopia. Foram convidados a participar 21 profissionais, de 11 municípios, pertencentes à rede de laboratório, de quatro Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) e de hospitais conveniados. Ministram o curso servidores do Laboratório de Microbactérias do Instituto de Pesquisas Biológicas/Laboratório Central do Estado (IPB/Lacen) e profissionais convidados para enriquecer o conteúdo técnico e operacional da estruturação da rede de laboratórios do Estado. O exame da baciloscopia – técnica de recolhimento de amostras de escarro do paciente com suspeita de tuberculose –, é de extrema importância no combate à tuberculose. Este exame é barato, simples e capaz de detectar 90% dos casos, afirma a bioquímica Marta Osório Ribeiro, do Laboratório de Microbactérias. Segundo ela, o dado é de suma importância para determinar o sucesso ou não do tratamento aplicado. No Estado, de acordo com dados do IPB/Lacen, são realizadas 65 mil baciloscopias por ano. A tuberculose tem cura e pode ser desenvolvida por qualquer pessoa. A doença possui várias formas (pulmonar, meníngea, miliar, óssea, renal, cutânea, genital), sendo que a mais freqüente e contagiosa é a pulmonar. Um paciente pulmonar bacilífero, se não tratado, em um ano pode infectar de 10 a 15 pessoas. Conforme cálculos da OMS, um terço da população mundial está infectado pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis. Por ano, ocorrem 9 milhões de casos e 3 milhões de mortes são provocadas pela doença. Os países em desenvolvimento são responsáveis por 75% dos casos existentes no mundo e o grupo de idade mais afetado é o economicamente produtivo (entre 15 e 50 anos). Nestes países, 25% do total de mortes poderia ser evitado. No Rio Grande do Sul são notificados, por ano, cerca de 5 mil casos de tuberculose, com uma taxa de incidência de 47/100.000 habitantes. O tratamento dura seis meses e pode ser feito gratuitamente na rede pública de saúde. Uma vez iniciado, o paciente normalmente pára de transmitir a doença em no máximo 15 dias. A via aérea é a principal via de transmissão da tuberculose. Para preveni-la, é importante manter os locais sempre ventilados, mesmo no inverno.
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