O governo do Estado busca meios para investir nas ações de modernização da receita. Na semana passada foi aprovado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington (EUA), o projeto de financiamento de US$ 60 milhões para ações de modernização da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Esta é a primeira aprovação necessária para que o Estado receba os recursos. Espera-se que o aval final do BID e do governo federal para a negociação do contrato de empréstimo ocorram simultaneamente até março.

Ao defender o Estado, a PGE precisa de instrumentos ágeis, como sistema de informática e treinamento de pessoal. Para isso, serve o empréstimo do BID, diz a governadora. Este empréstimo é importante porque reconhece a excelência que estamos dando a esses dois organismos, que nos trazem receita para ser bem gasta.

A informação foi repassada à Secretaria da Fazenda pela missão do BID, que esteve em Porto Alegre para a última missão preparatória do projeto ao longo da última semana. Mais de 30 técnicos do BID, da Secretaria da Fazenda e da PGE se reuniram para finalizar os documentos do projeto que visam continuar o plano de governo para a melhoria da qualidade da gestão fiscal do Estado. Entre os projetos mais importantes que serão financiados estão a modernização dos sistemas da Receita Estadual, a criação de canais mais eficientes e econômicos de comunicação e o aumento da eficiência da condução do controle da dívida ativa.

Parte de vencimentos da dívida fica para fevereiro

Durante a apresentação do balanço da situação financeira de janeiro, o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, também destacou que para que o déficit zero siga como um valor a ser mantido no Estado, o controle do gasto continua sendo constantemente acompanhado. Devemos ter um ano bem mais fácil para administrar as contas do Estado, mas a experiência já nos mostrou que sem o controle e a qualificação do gasto não conseguimos fazer com que a despesa fique abaixo da receita e os serviços prestados sigam sendo ampliados e melhorados, disse.
 
O secretário ressaltou que a maior parte da dívida de janeiro, R$ 131 milhões, será quitada em fevereiro, já que o vencimento caiu em um final de semana, o que reduziu as despesas do mês, com o desembolso com a dívida ficando em R$ 57,2 milhões.
O maior gasto segue sendo a folha de pessoal que, somando todos os Poderes, em janeiro deve ficar em R$ 858,7 milhões.