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Estratégia de Saúde da Família chega à população rural de Nova Santa Rita

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NOVA SANTA RITA, RS, BRASIL, 29.09.14. Secretaria da Saúde inaugura Unidade Básica de Saúde Rural em Nova Santa Rita. Com a fala, a secretária da Saúde, Sandra Fagundes. Foto: Andressa Moreira/Especial Palácio Piratini
Secretária Sandra Fagundes participou da inauguração da Unidade Básica de Saúde Rural no Assentamento Santa Rita de Cássia II, - Foto: Andressa Moreira/Especial Palácio Piratini

A secretária de Estado da Saúde, Sandra Fagundes, participou, na manhã desta segunda-feira (29), da inauguração da primeira Unidade Básica de Saúde Rural do município de Nova Santa Rita, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Situada no Assentamento Santa Rita de Cássia II, a unidade contará com uma equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF), composta por um profissional do programa Mais Médicos, uma enfermeira, um técnico em enfermagem e dois agentes comunitários. Serão beneficiados os 1,3 mil assentados, além de outras 1,2 mil pessoas moradoras das estradas Alcides Amorim, Ganja Nenê e Porto das Figueiras, e do Assentamento dos Sinos.

Para que o espaço físico pudesse receber a unidade, a comunidade assentada promoveu cem mutirões de reforma e contou com recursos da prefeitura, no valor total de R$ 10 mil. A secretária Sandra Fagundes comentou a parceria: “Aqui temos um exemplo de trabalho alinhado, uma conquista que não seria possível sem a ampla mobilização desta comunidade, o apoio e a organização da administração municipal, o programa federal Mais Médicos e a ampliação de recursos do Governo do Estado para investimento em Atenção Básica”, afirmou.

Ela lembrou que Nova Santa Rita foi uma das cidades beneficiadas com a mudança do critério para repasses, que passou a priorizar municípios de menor renda per capita e maior população de idosos e crianças, por exemplo, a fim de direcionar mais recursos para os municípios que mais precisam. O valor repassado pela Secretaria Estadual da Saúde para a Atenção Básica do município passou de R$ 90,9 mil, em 2011, para R$ 229,3 mil em 2013.

A prefeita, Margarete Ferretti, disse que a adesão ao Mais Médicos garantiu a Nova Santa Rita a contratação de sete profissionais e possibilitou a implantação da ESF no município a partir de 2013. Atualmente, o serviço já atende 30% da população e a expectativa é de que a cobertura alcance 100% quando todas as equipes viabilizadas pelo Mais Médicos estiverem em funcionamento.

Saúde no prato e no posto
Com a maior parte da produção focada em hortaliças, os assentados do Santa Rita de Cássia estão acostumados a promover saúde através de uma alimentação saudável e livre de agrotóxicos. Mas quando algum problema de saúde exigia assistência, a rede de atendimento não estava preparada para as especificidades da rotina do campo. “Para chegar a um posto, a gente precisava ir longe e depois do trabalho, nem sempre dava tempo”, relatou Juvildo Umberto Dellagerisi, assentado há dois anos e um dos trabalhadores do mutirão.

A partir desta segunda, além do atendimento próximo de casa, Juvildo, sua companheira Izione Ana Dellagerisi, e as outras 101 famílias assentadas contarão também com o atendimento semanal da unidade itinerante de saúde bucal do município. “Trabalhamos muito para essa conquista. Agora podemos vir no horário que for melhor para a gente e saber que vai ter assistência”, finalizou.

Um dos integrantes da equipe que vai garantir a assistência que o casal Dellagerisi tanto esperava é o cubano Danis Coello, profissional que chegou ao Brasil no último ciclo do programa Mais Médicos. “Vim preparado para trabalhar onde fosse necessário e estou muito feliz de ajudar a promover a primeira experiência de saúde rural da região”, afirmou. Coello é entusiasta do reforço do atendimento básico, que evita o aparecimento ou o agravamento das doenças através de um trabalho focado nos fatores de risco e na prevenção.

Unidade homenageia Marisa Lourenço da Silva
A primeira UBS Rural de Nova Santa Rita foi batizada com um nome de muito significado para os assentados. Marisa Lourenço da Silva participou com sua família das ocupações de beira de estrada que reivindicavam o assentamento, mas faleceu, aos 13 anos, vítima de um atropelamento, antes da conquista do terreno, em 2005.

A solenidade de inauguração da unidade de saúde que hoje leva seu nome homenageou a sua memória e registrou a história do assentamento que a família ajudou a construir. “É preciso recuperar a história, toda ela, e transformá-la em vida, e é isso que estamos fazendo aqui hoje”, destacou a secretária Sandra Fagundes.

Texto: Nanda Duarte
Edição: Redação Secom 

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