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Expointer 2006: Qualidade da produção agropecuária gaúcha é destacada na abertura oficial

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A capacidade do Rio Grande do Sul de superar dificuldades, já demonstrada pelos números da Expointer até agora, depois de o Estado ter passado por duas severas estiagens, em 2004 e 2005, e sofrer os efeitos negativos da supervalorização do real em relação ao dólar, que tira competitividade dos produtos agrícolas e retrai exportações, centralizou o discurso do governador do Estado na abertura oficial da feira. Durante a solenidade, nesta sexta-feira (1º) à tarde, na Tribuna de Honra do Parque Assis Brasil, em Esteio, o governador reafirmou que a política cambial e a política monetária têm sido perversas com o agronegócio brasileiro, provocando prejuízos incalculáveis e irrecuperáveis à agricultura e à pecuária. Referiu-se também ao empobrecimento de agricultores por terem na lavoura custos superiores aos valores obtidos com a comercialização dos produtos que cultivam. Mas apesar desses obstáculos, conforme o governador, a Expointer é um bom momento para se atestar o potencial produtivo do Rio Grande do Sul e a qualidade da produção agrícola e da genética animal do Estado. Ao falar também sobre preocupação com saúde sanitária, o governador recordou o rápido controle do foco de Newcastle detectado em maio em uma propriedade do município de Vale Real. Tomamos todas as medidas para impedir a propagação, trabalhando em conjunto com o Ministério da Agricultura, ressaltou. Dirigindo a palavra ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Carlos Guedes Pinto, assegurou que os testes já concluídos afastam todas as possibilidades de foco da doença no Rio Grande do Sul. Nosso setor avícola exporta para o mundo inteiro, e temos de ter uma decisão muito rápida para comprovar ao mercado externo a qualidade da avicultura gaúcha, afirmou. Carne gaúcha O governador discorreu também sobre a qualidade de outras carnes produzidas pelo Estado, como as de gado, suíno, ovelha e de caprino. Falou ainda sobre a reabertura de frigoríficos - em Alegrete, Dom Pedrito, Pelotas, Santa Rosa e Santana do Livramento - e das novas unidades que estão vindo para o Rio Grande do Sul, uma delas do Frigo Class, em São Gabriel, e outra do Friboi, em São Borja. Só o Rio Grande exporta carne para o Chile e para a Rússia. E o Estado ganha mercados graças, exatamente, à sanidade animal e à qualidade da genética, completou. Em seu discurso, o ministro Guedes Pinto prometeu que até 15 de setembro estará oficializada a extinção do foco de Newcastle em território gaúcho. Garantiu também que haverá uma solução definitiva sobre a utilização de sementes de soja transgênica, para que não haja mais a necessidade de medida provisória a cada safra. Antes do ministro, falaram também os presidentes da Fetag, Ezídio Pinheiro, e da Farsul, Carlos Sperotto, e a prefeita de Esteio, Sandra Beatriz Silveira. Atrações Música nativista, danças típicas, show coreográfico de cavaleiros montando cavalos da raça crioula e desfile de 110 animais classificados como grandes campeões foram as atrações da abertura oficial da 29ª Expointer. O espetáculo alternou shows de música, no palco, e de danças, na pista central. Enquanto autoridades e convidados eram recebidas, na primeira hora da tarde, Renato Borghetti já estava no palco, acompanhado da Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo, regida pelo maestro Evandro Matté. O Hino Nacional, dando início à solenidade, foi tocado novamente por Renato Borghetti, acompanhado pela gaita de Luiz Carlos Borges e pelo cantor Ivo Fraga. Em seguida, portando bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Sul, o Grupo Endança, de Caxias do Sul, ocupou a pista para mostrar coreografias das músicas Querência Amada e Cavalo Baio. Na seqüência, o público assistiu a um show com 30 cavalos da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), em homenagem aos 25 anos da competição Freio de Ouro - um dos mais importantes eventos da Expointer -, e, logo depois, a uma coreografia da música Cavaleiro da Paz, pela Cadica Companhia de Danças. O espetáculo prosseguiu com repertório gauchesco pelo Tambo do Bando, composto pelos músicos e vocalistas Beto Bollo, Carlos Cachoeira, Marcelo Lehmann, Techo Cabral e Vinícius Brum. Formado em 1986, o grupo é ganhador de mais de 50 prêmios de melhor conjunto vocal em festivais. A atração seguinte foram 80 pares de grupos de danças participantes do Enart-MTG, apresentando coreografias de Cana Verde e Tatu Castanhola. Vieram depois os jovens violonistas Karay Guedes (de São Luiz Gonzaga), Pedro Terra (Bagé) e Lucas Nunes (Capela de Santana). De volta à pista central, a Cadica Companhia de Danças apresentou a coreografia de Céu, Sol, Sul. Depois da interpretação do Hino Rio-Grandense por Renato Borghetti, Luiz Carlos Borges, Ivo Fraga e integrantes do Tambo do Bando, os 110 grandes campeões da Expointer – entre bovinos, ovinos, eqüinos, suínos, caprinos, aves, coelhos e pássaros – desfilaram pelo gramado. O encerramento do espetáculo teve também o colorido de balões verdes, vermelhos e amarelos, lembrando as cores do Rio Grande do Sul.
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