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EXPOLEITE 2002 - Lula defende crescimento dos mercados interno e externo

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Aproximadamente 400 agricultores, lideranças do setor rural e autoridades participaram, na manhã de hoje (23), dos Seminários de Outono Agregar/RS, no restaurante Casa do Gaúcho, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O evento, promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA) e do BRDE, integra a programação da 25ª Expoleite, que acontece até o próximo domingo (26). Na palestra Políticas Agrícola e Agrária para o Brasil, o presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou o programa de governo do partido que está sendo elaborado e deverá ser finalizado em junho. Um dos principais pontos defendidos por Lula foi o crescimento das exportações e do mercado interno, sem que nenhum deles seja prejudicado. Lula enumerou alguns pontos que integram o programa do PT, como a definição de políticas de proteção à produção local, incentivo à produção de baixo custo e ao aproveitamento dos recursos sociais e ambientais, regulamentação da participação das empresas multinacionais na cadeia produtiva e estímulo à agricultura familiar. Ele também falou sobre a Área de Livre Comércio da América (Alca), criticando as barreiras comerciais impostas pelo governo norte-americano aos produtos brasileiros que são competitivos no mercado externo. Somos contra a Alca como está sendo imposta pelos Estados Unidos, disse, afirmando que, diferentemente do que aconteceu na formação da União Européia, o governo norte-americano não está interessado em ajudar qualquer país da América Latina. O presidente de honra do PT também criticou a postura dos negociadores externos brasileiros, que não fariam pressão para defender os produtos nacionais. O governo federal não defende o algodão, o açúcar e a soja porque outros países podem promover retaliações, afirmou. Lula também defendeu a abertura de novos mercados externos, como a China, a Índia e a Indonésia. Sobre a cadeia produtiva do leite, o petista afirmou que uma das ações de um possível governo do PT poderia ser a redução do ICMS de alguns itens da cesta básica, entre eles o leite, incentivando o consumo, principalmente entre a população carente. Na abertura dos Seminários de Outono, o vice-governador Miguel Rossetto destacou que o governo prioriza a agricultura familiar como tarefa fundamental para garantir alimentos de qualidade e em quantidade necessárias. Rossetto lembrou que o Rio Grande do Sul enfrentou três secas nos últimos quatro anos, enfrentou a febre aftosa e, mesmo nessas condições, o PIB agropecuário do Estado cresceu 24%, enquanto a média nacional foi de 15%. Para o ex-prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, é absurda a desproporção de valores praticados na cadeia do leite, em que o preço do litro do produto é de R$ 0,22 e o da embalagem chega a R$ 0,27. O Estado tem que participar desse processo para formar um mercado socialmente regulado, disse Tarso Genro. O presidente da Associação de Criadores de Gado Holandês (Gadolando), Mário Luis dos Santos, afirmou que a cadeia produtiva do leite é a que mais gera empregos no setor agropecuário e tem uma função social muito importante. A parceria com o Governo do Estado tem mostrado que através do diálogo pode-se buscar o desenvolvimento, relatou. Santos também disse que todos os pré-candidatos à presidência foram convidados a participar da 25ª Expoleite e que sentia-se muito honrado com a participação de Luiz Inácio Lula da Silva.
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