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EXPOLEITE 2002 - Seminários de Outono mostram alternativas para o setor agroindustrial

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Terminaram nesta sexta-feira (24), durante a 25º edição da Expoleite, em Esteio, os Seminários de Outono Agregar RS, promovidos pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento e pelo BRDE. Abertos ontem (23) com a palestra do pré-candidato à Presidência da República, Luis Inácio Lula da Silva, os Seminários continuaram nesta sexta-feira (24) com a discussão da Política para os Sistemas Agroindustriais do Rio Grande do Sul-Apresentação do Programa Agregar-RS, pelo representante da Secretaria da Agricultura, Roberto Kiel. O tema Leite e Mercado: Riscos e oportunidades foi desenvolvido pelo engenheiro agrônomo de Departamento de Estudos Sócio Econômicos Rurais de Curitiba/PR e pelo especialista internacional em comercialização do leite e derivados do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Ben Or Matanya. O encontro revelou que o RS, com seus 84 mil produtores, 71 mil deles na agricultura familiar, produz 2 bilhões de litros de leite, quantidade suficiente para abastecer o Estado e ainda exportar para outros Estados 25% da produção. Conforme os debatedores, apesar destes números, o RS revela um potencial de produtividade ainda maior, mas para isto é preciso resolver problemas como o controle sobre as importações. São necessários também um preço mínimo para o leite, em nível federal, e uma política de incentivo ao mercado institucional, como a compra de leite por parte dos governos municipais, estaduais e federal, para abastecer a merenda escolar. De acordo com o coordenador da Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, Inácio Benincá, o governo do Estado investiu até agora R$ 116 milhões na produção, pesquisa, capacitação, incentivos fiscais e melhoramento genético, beneficiando 29 mil famílias. Benincá, ressalta que só o programa Mais Alimento, recentemente lançado, prevê que dos R$ 70 milhões a serem investidos este ano 30% vão ser aplicados na cadeia do leite. O governo do Estado, está investindo e fortalecendo a cadeia produtiva do leite, priorizando os agricultores familiares, mesmo com os limites impostos pela falta de uma política do Governo Federal, destaca Benincá. O engenheiro agrônomo do Departamento de Estudos Sócio Econômicos Rurais de Curitiba, Walter Bianchini, lembrou no encontro que a alternativa para os pequenos produtores de leite é a organização em pequenas cooperativas, articuladas em rede, para se obter maior poder de barganha.
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