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Exposição de adolescentes ao sol preocupa Dermatologia Sanitária

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A cultura da beleza a qualquer custo, a vaidade acompanhada de um bronzeado duradouro tem impulsionado muitos jovens a se exporem demasiadamente ao sol. Esta situação pode acarretar danos na pele que aparecerão na vida adulta entre os 40 e 50 anos. Envelhecimento precoce, asperezas e atrofia, manchas do tipo sardas e câncer de pele, são os resultados decorrentes da busca do bronzeado a qualquer preço. Conforme o médico dermatologista Sérgio Dornelles, do Ambulatório de Dermatologia Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado (SES), a faixa etária que mais se expõe ao risco está entre os 14 e os 25 anos. Ele alerta que esta situação deve ser revertida imediatamente, já que os danos solares ocorrem a cada exposição, tem efeito cumulativo, por toda a vida. Devem ter maiores cuidados as pessoas de pele clara, as portadoras de sardas, olhos claros, principalmente azuis, as de cabelo loiro ou ruivo e os albinos, adverte o médico. Ele se diz preocupado com os estímulos e incentivos à pele bronzeada, sem os cuidados essenciais. O médico salienta a importância da informação passada pelos pais e familiares. As crianças devem ser ensinadas desde cedo a se protegerem do sol. A conscientização a prevenção não deve ser feita somente pelos órgãos e profissionais ligados à saúde mas também por meio da interferência e colaboração dos meios de comunicação. Os adeptos do surf, prática habitual entre os adolescentes, devem recorrer a uma superproteção, com filtros potentes. Os filtros solares devem ser colocados meia hora antes da exposição, e é preciso usá-lo também na nuca, nas pálpebras, nas orelhas e no pescoço, recomenda Sérgio Dornelles. Existem três tipos de cânceres de pele; deles o mais agressivo é o melanoma. Dornelles destaca que o diagnóstico precoce é fundamental para a cura dos tumores de pele, que são facilmente reconhecidos por um médico e curados com cirurgias simples. Os sinais mais comuns de câncer de pele são: qualquer saliência que aumente de tamanho e continue evoluindo por mais de um mês, nódulos, caroços avermelhados, nódulos escuros e feridas que não cicatrizam. Sérgio Dornelles desaconselha os pais a levarem seus bebês para a praia, mas se não tiverem com quem deixar a criança ele recomenda o uso de filtro solar com fator de proteção entre 15 e 30, guarda-sol, roupas leves, mas que protejam, e a reaplicação do produto de hora em hora. E orienta os pais a ficarem pouco tempo na praia com as crianças, sempre antes das 10h e após às 16h.
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