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Falar sobre doação de órgãos com a família é a principal forma para impulsionar transplantes no Estado

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Cerca de 1,4 mil gaúchos aguardam por uma doação, na maioria das vezes, de um rim - Foto: Frame de imagem de Luís André / Secom

Uma data para celebrar a solidariedade, a empatia e, acima de tudo, a vida. Dia 27 de setembro é o Dia Nacional de Doação Órgãos. Um dos principais objetivos da campanha é conscientizar as pessoas de que é preciso falar sobre o assunto. Conforme pesquisa da Secretaria da Saúde, em 43% dos casos a negativa familiar acontece porque o potencial doador, ainda em vida, não havia deixado claro qual era o seu desejo.

"Temos uma negativa muito grande, muitas vezes por receio ou desinformação. O mais importante é a pessoa se pronunciar, falar com a família", afirma Rafael Rosa, médico regulador da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, órgão que reúne dados de doadores e receptores de todo o Estado.

A enfermeira Daiana Saute Kochhann, que atua em uma Organização de Procura de Órgãos (OPO) sediada no Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre, também compartilha da mesma opinião. "Se a família sabe, a escolha, a conversa e a decisão por uma autorização para a doação de órgãos se torna muito mais tranquila", explica. Cabe a ela a tarefa de conversar com os familiares de pacientes com morte encefálica confirmada, casos que permitem o protocolo de doação.

"A nossa função é acolher as famílias e ofertar a possibilidade de ajuda a outras pessoas. As famílias conseguem colocar a doação acima da dor e daquele momento triste de perder o seu ente querido. Elas conseguem ver que existem outras pessoas que precisam de vida'', conclui Kochhann.

Fachada verde Theatro
Nesta semana, prédios, como o Theatro São Pedro, ganharam iluminação na cor verde, símbolo da campanha pela doação de órgãos - Foto: Frame de imagem de Luís André / Secom

O trabalho nas seis OPOs clínicas do Estado – duas funcionam em Porto Alegre e as demais em Caxias do Sul, Passo Fundo, Rio Grande e Lajeado – é desenvolvido em conjunto com as Comissões Intrahospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante. Os dados são repassados à Central de Transplantes, que funciona 24 horas, durante todos os dias da semana, para dar celeridade aos procedimentos.

Nos primeiros seis meses do ano, o Rio Grande do Sul registrou 416 transplantes de órgãos e 759 transplantes de tecidos. Córneas (446) e rins (281) figuram no topo da lista de doações. Foram 141 doadores efetivos no primeiro semestre de 2019, contra 137 no mesmo período do ano passado. O baixo crescimento não permite que a fila de espera diminua, já que cerca de 1,4 mil gaúchos aguardam por uma doação. Na maioria das vezes, o transplante de um rim.

Durante toda a semana prédios públicos como o Theatro São Pedro e a Assembleia Legislativa, além da ponte do Guaíba e dos estádios da dupla Gre-Nal estiveram com uma iluminação especial na cor verde, símbolo da campanha pela doação de órgãos no país.

No sábado (28/9), às 17h, o Coro Sinfônico da Ospa fará um concerto em homenagem às famílias de doadores de órgãos. A edição da Série Pablo Komlós ocorre na Casa da Ospa (no Centro Administrativo do Estado, na avenida Borges de Medeiros 1.501). Os ingressos estão disponíveis por valores entre R$ 10 e R$ 40 através do site da Uhuu, na bilheteria do Teatro do Bourbon Country ou no local, no dia do evento, das 14h às 17h.

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Entenda como funciona a doação de órgãos no Estado

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Texto: Guilherme Hamm/Secom
Edição: Marcelo Flach/Secom

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