A comparação da renda de PIB per capita do Rio Grande do Sul com a do Gabão, resultado de estudo da revista britânica The Economist, não pode ser considerada negativa, de acordo com avaliação da Fundação de Economia e Estatística (FEE).
Segundo técnicos da instituição, a equivalência de números, proposta pela publicação, não significa um mau resultado para o Estado. O Gabão tem um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da região e é um dos países mais ricos da África. É como se fosse um país árabe, cheio de petróleo, explica o diretor técnico da FEE, André Scherer.

O economista Antônio Carlos Fraquelli, também do quadro técnico da FEE, explica que o PIB per capita do Gabão está à frente do índices do Brasil e do Uruguai nos rankings do FMI e do Banco Mundial. É um país com uma população pequena, mas com renda per capita elevada e boa qualidade de vida, afirma.

Ele explica que a revista britânica fez um estudo dirigido a quatro países de grande extensão territorial (China, Índia, Brasil e Estados Unidos), utilizando um programa de computador que faz a equivalência direta entre renda per capita e PIB total de estados desses grandes países com os números de países menores. São grandezas incomparáveis, explica.

Scherer, que morou em Paris durante estudos de pós-graduação, afirma que a capital francesa recebe um grande número de gaboneses, que vão investir sua renda na França. A renda do país é alta em função dos recursos naturais, principalmente petróleo e gás, que atraem investimento estrangeiro. A pequena densidade populacional do Gabão (1,4 milhão de habitantes), que corresponde à população somente de Porto Alegre, possibilita a boa distribuição de renda. Já o Catar, país árabe também rico em petróleo, que a The Economist compara ao PIB do Rio Grande do Sul, tem entre seus indicadores a segunda melhor renda per capita do mundo.

Programa de Desenvolvimento
Na próxima quinta-feira (08), às 14h, o governador Tarso Genro apresentará ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) um conjunto de medidas para acelerar o desenvolvimento, ampliar os investimentos, fortalecer as cadeias produtivas, os arranjos produtivos locais e promover a inovação.

Estas medidas integram a retomada da ação estatal buscando instaurar um modelo regional de desenvolvimento competitivo e socialmente equilibrado em consonância com o processo nacional. O governador Tarso Genro, apresenta as iniciativas aos conselheiros e às organizações sociais para ouvir contribuições antes de encaminhar os projetos à apreciação da Assembleia Legislativa.

Texto: Carine Prevedello
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305