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FEE divulga pequisa sobre taxas de emprego e desemprego no mês de março

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25.04.12: A socióloga Irene Galeazzi apresenta a pesquisa de emprego e desemprego da região metropolitana de Porto Alegre.
FEE divulga emprego e desemprego da região metropolitana - Foto: Eduardo Seidl/Palácio Piratini

A Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) apontou que o número de pessoas com ocupação (formal ou informal) no mês de março apresentou relativa estabilidade, com crescimento de 0,2%. O total foi estimado em 1,9 milhão de pessoas, 4 mil a mais do que no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25), na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão vinculado à Secretaria Estadual do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã.

A indústria de transformação puxou as contratações, com elevação de 1,7% (6 mil pessoas a mais), seguida pelo setor de serviços, com alta de 0,3% (mais 3 mil). O comércio teve estabilidade (313 mil ocupados), enquanto houve redução na construção civil, de 4,3% (ou menos 5 mil contratados). Já a taxa de desemprego aumentou pelo segundo mês consecutivo. O índice atingiu 7,6% da população economicamente ativa, contra 7% registrado em fevereiro

Para a coordenadora da pesquisa, a economista da FEE Dulce Helena Vergara, o aumento no desemprego deve-se à elevação do número de pessoas no mercado de trabalho. No mês de março tivemos mais 18 mil pessoas inseridas, sendo que somente 4 mil foram absorvidas. A taxa de participação no período passou de 56,7% para 57,2%, com o contingente de desempregados em março sendo estimado em 158 mil pessoas, 14 mil a mais do que em fevereiro passado, explicou.

Para a técnica, se for mantido o crescimento do Estado registrado nos últimos dois anos, quando a média chegou a superar a do Brasil, em 2011, esse quadro deverá ser revertido. Com relação à redução na construção civil, e contrastando com o alto número de novas e grandes obras realizadas, a economista destaca que as construtoras optam por trazer trabalhadores de outros estados, principalmente das regiões Norte e Nordeste.

Aumento do emprego assalariado
A PED constatou aumento do emprego assalariado em março, de 1,6% (mais 22 mil contratados). No âmbito do setor privado, o emprego com carteira assinada registrou crescimento de 2,1% (mais 21 mil pessoas), e o sem carteira teve redução de 4,9% (menos 7 mil indivíduos). No setor público, houve redução de 8,9% no contingente de autônomos (menos 23 mil ocupados) e retração de 2,9% no emprego doméstico (menos de 3 mil empregados).

Se o comparativo for com março de 2011, a taxa de desemprego em março de 2012 passou de 7,4% para os atuais 7,6%. No período, o aumento de 8 mil pessoas no contingente de desempregados deve-se ao ingresso de 50 mil indivíduos, o que superou o incremento ocupacional de 42 mil pessoas.

Últimos 12 meses
A taxa de participação, por sua vez, aumentou de 56,8% para 57,2%. Também houve elevação do nível de ocupação de 2,2% nos últimos 12 meses, destacando-se os desempenhos positivos da indústria de transformação, que expandiu em 31 mil o número de ocupados, do setor de serviços, com aumento de 13 mil, e o do comércio, com ampliação de 9 mil. Constata-se movimento contrário para a construção civil, com redução de 9 mil ocupados.

As informações da PED mostram, ainda, que, em março, o total de desempregados no conjunto das sete regiões brasileiras onde a pesquisa é realizada foi estimado em 2,423 milhões de pessoas, 175 mil a mais do que no mês anterior. A taxa de desemprego total elevou-se de 10,1%, em fevereiro, para as atuais 10,8%.

Redução no nível de ocupação
O nível de ocupação reduziu-se em 0,5%, com a eliminação de 92 mil postos de trabalho, e a pequena variação positiva da população economicamente ativa, em 0,4%. O nível de ocupação diminuiu em Salvador (1,7%), Fortaleza (1,0%), Belo Horizonte (1,0%), Recife (0,9%) e Distrito Federal (0,8%), permanecendo relativamente estável em Porto Alegre (0,2%) e não variou em São Paulo.

A PED-RMPA tem por objetivo conhecer e acompanhar a situação do mercado de trabalho regional através de levantamentos sistemáticos, com periodicidade mensal, de dados sobre emprego, desemprego e rendimentos da População Economicamente Ativa (PEA). A pesquisa tem como unidade amostral o domicílio da área urbana dos municípios que compõem a RMPA.

São coletadas informações sobre os moradores do domicílio, sendo realizadas entrevistas individuais com os moradores de 10 ou mais anos de idade. As informações, provenientes de uma amostra de cerca de 7,5 mil domicílios, são divulgadas mensalmente e resultam de médias móveis trimestrais dos dados coletados, compondo uma série mensal, com início no mês de junho de 1992.

Texto: Paulo Fontoura
Foto: Eduardo Seidl
Edição: Redação/Secom (51) 3210-4305

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