Com o tema Em busca da paz; vencendo obstáculos, a 11ª edição da Feira do Conhecimento, da Escola em Tempo Integral Aurélio Reis, em Porto Alegre, desenvolveu trabalhos tratando de meio ambiente, saúde, robótica, sistema solar, combate às drogas e incentivo à doação de sangue e de alimentos. A mostra, ocorrida nesta quarta-feira (18), teve a participação de 240 estudantes, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

Durante o evento, foram três apresentações de destaque: o simulador que mostra os efeitos das drogas no corpo, feito a partir de um óculo de realidade aumentada; o Planetário, que enalteceu os elementos da Via Láctea; e o Sistema Digestivo, que foi montado no pátio da escola para exibir todos órgãos utilizados na alimentação.

A coordenadora da Divisão Porto Alegre (DPA), Sandra Mauat, enalteceu o envolvimento da comunidade escolar. "Este é um dos maiores encontros das instituições de ensino da capital. O envolvimento dos pais é fundamental para fortalecer esta relação entre aluno e professor. A direção e a comunidade estão de parabéns pela organização", enfatizou.

Conforme a diretora da instituição de ensino, Nassara Brum Pires, a edição deste ano procurou tratar de assuntos que relacionassem ideias de amizade, bons valores, preservação, cuidado com o planeta, além da conscientização sobre temas importantes, como combate à droga. "Do ponto de vista pedagógico, a ideia é que os alunos não só usem o conhecimento adquirido para si, mas que compartilhem um com outro, estimulando e iniciando a produção em grupo sobre temas relevantes", explicou.

A professora do 3º ano do Ensino Fundamental, Ivete da Silva, relata que a sua turma desenvolveu projetos sobre o sistema solar, o corpo humano e os animais em extinção. Sua metodologia de trabalho incluiu vídeos e maquetes. De acordo com ela, a nova geração necessita da utilização de ferramentas tecnológicas para melhorarem a sua interação com o estudo. "É necessário que, nós educadores, utilizemos estas novas plataformas, aliado ao conhecimento convencional, para chamar a atenção dos estudantes", destacou.

O aluno João Pedro da Rocha, de 9 anos, conta que o seu projeto foi desenvolvido em duas partes: na maquete e no desenho do Paintbrush. "Eu achei muito legal. A gente desenhou primeiro para fazer a maquete e depois no computador. Eu até aprendi que uns animais têm vértebras e outros não", contou.

Simulador demonstra efeitos das drogas

Imagine um óculos com duas lentes de aumento, uma por cima da outra. Na frente, um celular exibe um vídeo com as reações que os usuários de drogas têm ao utilizar os mais diversos tipos de entorpecentes. Nos fones de ouvido, uma música alta e aterrorizante que demonstra um pouco da realidade das pessoas viciadas.

A professora Analu Zanferrari disse que o nome do projeto, coordenado por ela, é Vida Urgente: transformação. Juntamente com o simulador, os demais trabalhos, realizados pela sua turma, trouxeram temas como a doação de órgãos e de sangue. Segundo ela, a ideia era proporcionar a conscientização e impactar os jovens quanto às questões relacionadas à preservação da vida.
"Juntamos elementos de física, química, português, matemática e ciências, junto com questões sociais e de valores, que são muito importantes", afirmou.

De acordo com o estudante do 9º ano Victor Cunha, a ideia do trabalho apresentado por ele e pelos demais colegas era demonstrar o que os diferentes tipos de drogas podem fazer e como isso afeta a vida das pessoas. "Eu gostei de aprender mais sobre os efeitos das drogas. As consequências são muitas e afetam o indivíduo e a sociedade", analisou.

Texto: Diego da Costa/Seduc
Edição: Gonçalo Valduga/Secom