A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Fundação Universidade Federal de Mato Grosso (FUFMT) firmaram um convênio esta semana. O objetivo do acordo é proporcionar oportunidades de estágio para os alunos aqui no Rio Grande do Sul, permitindo um aperfeiçoamento técnico profissional por meio da experiência nas práticas de pesquisa realizadas pela Fepagro. A primeira área que tem previsão de receber estudantes, em dezembro deste ano, é o Laboratório de Fixação Biológica de Nitrogênio - Mircen, considerado uma referência nacional no setor. Seu trabalho consiste na manipulação de bactérias chamadas rizóbios. Ao serem introduzidos nas leguminosas através dos produtos inoculantes, esses microorganismos permitem que as plantas absorvam nitrogênio, elemento essencial para a seu desenvolvimento. O método, criado em 1887, é considerado uma tecnologia agroecológica, pois sua utilização substitui a aplicação de produtos químicos. Pesquisas constataram ainda que essa técnica pode incrementar em até 100% a produtividade da maioria das culturas leguminosas, de grãos e forrageiras. No Brasil, apenas a Fepagro tem permissão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para fornecimento das bactérias para a indústria de produtos inoculantes, uma vez que o Mircen possui o banco oficial de germoplasma de rizóbios, com 1.200 tipos catalogados. Além disso, o centro é responsável por toda a análise de controle de qualidade dos produtos inoculantes comercializados no país. O diretor-presidente da Fepagro, Roberto Carbonera, destaca que o convênio possibilita intercâmbio de pessoal e também conhecimento entre as instituições.