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Fepagro e UFRGS iniciam investigação sobre pragas nas oliveiras

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Os prejuízos à cultura da oliveira provocados pela cochonilha (pequeno inseto que se alimenta da seiva das plantas) serão tema de pesquisa que começa a ser realizada, na próxima semana, numa parceria da Fepagro com a Universidade Federal do Rio Grande do
Fepagro e UFRGS iniciam investigação sobre pragas nas oliveiras

Os prejuízos à cultura da oliveira provocados pela cochonilha (pequeno inseto que se alimenta da seiva das plantas) serão tema de pesquisa que começa a ser realizada, na próxima semana, numa parceria da Fepagro com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Um dos objetivos é fornecer subsídios para que seja desenvolvida uma forma de controle biológico desses insetos e aprimorar a viabilidade comercial das oliveiras na agricultura gaúcha.

Faremos um levantamento das espécies de cochonilhas em cultivos de oliveira em Viamão, Caçapava do Sul, Encruzilhada do Sul e Cachoeira do Sul, explica a pesquisadora Vera Wolff, do Laboratório e Museu de Entomologia da Fepagro. Realizada em parceria com a Faculdade de Agronomia da UFRGS, a pesquisa tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O planejamento do estudo foi debatido em reunião da equipe nesta quinta-feira (22), na sede da Fepagro. O encontro contou com a presença da professora Luiza Rodrigues Redaelli, da Faculdade de Agronomia da UFRGS, além de outros pesquisadores. O projeto prevê uma disciplina sobre cochonilhas a ser ministrada em conjunto por Vera e Luiza no Programa de Pós-graduação em Agronomia da UFRGS, a partir de junho, e uma dissertação de mestrado sobre o tema, produzido pela aluna Gabriela Chesim. A equipe fará visita a pomares de oliveiras em áreas da Fepagro e de produtores particulares. Podemos também receber material de agricultores de outras regiões e Estados que tenham interesse em identificar as cochonilhas, observou Vera.

As cochonilhas, além de causarem dano direto às plantas por meio da sucção da seiva e injeção de toxinas, podem transmitir microorganismos causadores de doenças. Elas também produzem grande quantidade de uma substância açucarada que favorecem o desenvolvimento de fungos. O controle biológico natural das cochonilhas é feito principalmente por insetos como os parasitóides (pequenas vespas). No entanto, o uso de agrotóxicos e defensivos agrícolas mata os inimigos naturais das cochonilhas.

Texto: Clarice Speranza 
Foto: Fernando Dias
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

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