Fepagro negocia acordos com entidades americanas no setor de sanidade animal
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A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) iniciou as negociações para assinar um convênio com a Associação Holstein e o Instituto Babcock, dos Estados Unidos. Segundo o diretor-administrativo da entidade gaúcha, José Luiz Rigon, o objetivo é estabelecer uma cooperação técnica na área de produção de leite a pasto e de sanidade animal. As tratativas começaram quando Rigon, que é pesquisador com 28 anos de atuação na área de melhoramento genético animal e medicina preventiva, esteve em Madison, a convite do governo e da associação de gado holandês americanos. O município é a capital do Estado de Wisconsin e sedia todos os anos a maior feira de pecuária leiteira do mundo. De acordo com o veterinário, um dos interesses das instituições americanas é a vacina recombinante contra a rinotraquíte infecciosa bovina elaborada pelos técnicos do Centro de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, de Eldorado do Sul. Apesar dos sinais aparentes serem similiares ao da gripe, a moléstia causa problemas reprodutivos nos rebanhos, comprometendo a eficiência dos produtores. A vantagem dessa vacina modificada geneticamente é permitir a correta identificação dos animais infectados dos que estão apenas vacinados, pois os testes aplicados usualmente não distinguem se o anticorpo é originado de uma vacina ou é uma reação à presença do vírus que todo animal contaminado produz. Para Rigon, a vacina será uma ferramenta de controle muito valiosa porque vai permitir ao produtor aplicar o medicamento apenas nos bovinos que necessitam de proteção, e não em todo o seu rebanho como acontece hoje.