FEPAM avalia como positiva a destinação de embalagens vazias de óleo lubrificante no Estado
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Os técnicos do Serviço de Emergência Ambiental da FEPAM avaliaram o relatório apresentado pelos fabricantes e distribuidores de óleo lubrificante no âmbito do Estado, sobre a coleta de embalagens plásticas pós-consumo do ano de 2008. A coleta e destinação adequada destes resíduos foram determinadas pela Portaria SEMA/FEPAM nº 01-2003, de 22/04/2003, publicada no DOE em 13/05/2003, e a FEPAM acompanha seu desempenho dentro do licenciamento ambiental destas atividades.
Em 2008 foram coletados e destinados para reciclagem no Rio Grande do Sul 584,43 toneladas de embalagens pós-consumo de óleo lubrificante, conforme relatório dos oito maiores fabricantes, consorciados do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes ? SINDICOM, realizado por intermédio da empresa terceirizada MB Engenharia e Meio Ambiente Ltda.
O Eng. Vilson Trava Dutra Filho do SEAMB falou sobre os resultados: ?este processo teve inicio em meados de 2005 e está atendendo as expectativas, pois em 2008 ainda houve crescimento no número de embalagens coletadas, mesmo assim temos que ampliar a coleta nas indústrias e naquelas atividades não cobertas pelo licenciamento ambiental, principalmente na prestação de serviços de manutenção e veículos. O setor em que a coleta é mais eficiente são os postos de combustíveis?.
Também comentou o que representa para o meio ambiente a reciclagem deste material plástico: ?As embalagens de óleo lubrificante são PEAD (Polietileno de Alta Densidade), a segunda resina plástica mais reciclada do mundo, e os índices de reciclagem dependem da segregação destas embalagens no local de consumo e depois a coleta, armazenagem e destinação para as recicladoras, e são estas ações que o licenciamento da FEPAM disciplina e acompanha: a obrigatoriedade dos fabricantes de operarem este sistema.
Depois as embalagens passam por um completo processo de reciclagem (prensagem, trituração, lavagem, secagem e extrusão) em empresas terceirizadas e voltam a ser embalagens para óleo lubrificante ou de produtos químicos.
Estima-se, conforme manual da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) sobre embalagens de óleo lubrificante, que o Brasil produza 150 milhões de embalagens para óleo lubrificante por ano.
Conforme Vilson Trava Dutra, pode-se considerar que os números do Rio Grande do Sul são excelentes. ?Em 2008 foram coletadas 584,43 toneladas e, considerando o peso médio das embalagens comercializadas, cada Kg coletado representa 18 embalagens (média de 55,5 gramas), chega-se a aproximadamente 10,53 milhões de embalagens que retornaram ao sistema produtivo através da reciclagem, cerca de 7% da produção brasileira.?, destaca o Engenheiro.
?Levando-se em conta ainda o período de inicio da coleta em junho 2005 até o final de 2008, o número total de embalagens recicladas é estimado em 30,23 milhões (1.677.523 Kilos). Uma novidade é que parte da reciclagem deverá ser realizada no Estado, já que até então estavam sendo enviadas para uma empresa do Rio de Janeiro e do Paraná.