A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) realiza nesta quinta-feira (25), às 9h, uma audiência pública sobre a atividade de extração de areia no Lago Guaíba e seus afluentes. Na ocasião será apresentada avaliação do impacto ambiental exigido pela Fepam aos mineradores no período de 2000 e 2001. O estudo foi realizado por técnicos de várias instituições (Ufrgs, PUC, Unisinos), e da iniciativa privada e financiado pelas empresas de mineração. O objetivo da audiência é estabelecer bases técnicas para emitir autorizações com critérios mais claros e fiscalização mais efetiva, explica o diretor-presidente da Fepam, Nilvo Luiz Alves da Silva. Desde 1999, a Fepam vem reforçando a fiscalização da retirada de areia no Guaíba e seus afluentes (Caí, Sinos, Taquari e Baixo Jacuí). Atualmente existem 30 dragas licenciadas atuando nestes rios: oito no Guaíba, oito no Sinos, cinco no Baixo Jacuí e três no Caí, num total de 4.932 hectares. Por exigência da Fepam, a execução do estudo observou entre outros itens, o comportamento da fauna aquática, características da quantidade de areia depositada pelos rios e também a relação hidrodinâmica, ou seja, o fluxo do rio. Nunca foram discutidas as bases técnicas para extração de areia no Guaíba de forma pública e transparente, lembra Silva. É necessário respeitar as características destes rios e conciliar a extração de areia com a proteção ambiental e com os demais usos dos rios, como navegação e pesca. A audiência pública está aberta à todos os interessados e foram convidados para participar representantes de clubes de vela, ONGs, pescadores, Comitês de Bacias Hidrográficas e Ministério Público Estadual e Federal. Ela será realizada na rua Carlos Chagas, 55, 11º andar. Informações pelos número 3212-4089 e 3288-8115.