Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Fiscais do Ministério da Agricultura orientam produtores sobre a rastreabilidade de vegetais frescos

Publicação:

fiscalização na Ceasa
Fiscais explicaram como deve ser feita a instalação das etiquetas nos produtos - Foto: Divulgação / Ceasa RS

Fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram na Ceasa-RS nesta terça-feira (3/9) para verificar o cumprimento da rastreabilidade de produtos vegetais frescos, sistema que obriga os agricultores a registrar todos os passos dos alimentos cultivados em suas lavouras – da plantação e colheita ao destino final.

Em 1º de agosto entrou em vigor a lei que obriga a instalação de etiquetas com as informações sobre a produção de cítricos, maçã, uva, batata, alface, repolho, tomate e pepino. Das 7h às 10h30min foram inspecionados 26 veículos de produtores. Permissionários ou seus representantes receberam um termo de intimação e foram orientados pelos fiscais sobre como proceder para se adaptar à nova legislação, e alertados de que o descumprimento acarretará em novas advertências e multas.

Após a ação fiscal, os servidores do Mapa se reuniram com o presidente da Ceasa/RS, Ailton dos Santos Machado.

Principal fornecedor de hortifrúti do Estado, a Ceasa reúne cerca de dois mil pequenos agricultores, a maioria com propriedades de até dez hectares. Segundo Machado, o papel da direção tem sido o de orientação, por meio do grupo de trabalho Alimento Seguro.
"O grande problema é o produtor menor, sobretudo de folhosas, que tem só duas, três pessoas da família trabalhando. A agricultura familiar terá de dispor de mão de obra. E há questões práticas sobre como, por exemplo, etiquetar molhos de verduras", explicou Machado. 
 
Para o presidente da Associação de Produtores da Ceasa, Evandro Finkler, a rastreabilidade pode inviabilizar 80% das famílias produtoras, que não têm condições de se adequar devido aos custos e à falta de acesso à tecnologia. Muitos, segundo Evandro, sequer sabem usar o computador. O temor da categoria é que a maioria tenha de encerrar as atividades ou submeter-se a entregar seus produtos para terceiros, mais estruturados, oportunizando o surgimento de “atravessadores”. 

Texto: Eduardo Rodrigues/Ascom Ceasa
Edição: Secom

Portal do Estado do Rio Grande do Sul