A 5ª edição do Fórum Internacional de TI Banrisul apresentou nesta quinta-feira (10), no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, cinco painéis que discutiram questões como avanços tecnológicos, mobilidade, convergência digital, consumerização, negócios eletrônicos e mudanças comportamentais.

O painel Indústria e Serviços: os caminhos da mobilidade e convergência digital, contou com os palestrantes João Chagas, da Itautec; Givanildo da Luz, da Gemalto; e Hector Cano, da Bull. O moderador foi o jornalista Eduardo de Lima, da CardNews. Ao falar sobre os canais de distribuição, transações bancárias e clientes, João Chagas salientou que os novos consumidores e as novas gerações estão mudando seus comportamentos e, em função disso, preferem um atendimento personalizado. Os bancos precisam saber onde os consumidores buscam as suas informações, fazer parte do dia a dia e ser um facilitador da vida do cliente.

O engenheiro da Gemalto, o mexicano Hector Cano, falou que a empresa está presente no cotidiano das pessoas e que possui mais de 1,5 milhão de dispositivos de segurança. Ele salientou a boa relação da empresa com os bancos, fato que permite ter uma visão completa de como fazer a convergência digital. Ela não é fácil, mas temos todas as ferramentas para chegar lá. Na ocasião, o palestrante deu destaque para a conta transfer, uma conta celular adotada no México, e as características que facilitam o uso do produto.

Ao iniciar a sua palestra, o representante da Bull, Alberto Araújo, disse que o Fórum de TI do Banrisul é uma excelente oportunidade para revalidar conceitos, discutir, aprender e perceber tendências que ajudam a desenvolver produtos para atender os clientes. Araújo também comentou sobre a migração de segurança de software para hardware. As tecnologias não têm mais limite, e a questão da segurança é essencial. O assunto sobre o comportamento social também foi destaque. O ser humano continua sendo ser humano, tendo que dormir, ir ao cinema, jogar futebol, e continuará assim. O comportamento da sociedade é que vai ditar as regras daqui para a frente, concluiu.

Givanildo da Luz, da GetNet, informou que a empresa, com nove anos de existência, está investindo R$ 212 milhões em tecnologia. Ele falou sobre os novos comportamentos da sociedade e sobre as gerações Y e Z. Isso tudo está relacionado à consumerização (quando as pessoas usam seus equipamentos pessoais para o trabalho). Segundo ele, cada vez mais as pessoas usam o material pessoal no trabalho. Isso gera benefícios, mas também custos, como ameaça de segurança e perda de informação. É aconselhável, sugere o especialista, investir na prevenção da perda de dados, e na segregação das redes produtivas e de usuários. Gerenciar a consumerização é melhor do que proibir, pois trabalhador feliz produz melhor.

Já o painel Avanços tecnológicos, mobilidade e segurança - presente e futuro, contou com os palestrantes José Domingos Favoretto, do CPqD; Elia San Miguel, da Gartner, e Leandro Profes, da HT Micron. A mediação foi do jornalista Maurício Renner, do Baguete Diário.

O representante da HT Micron, Leandro Profes, falou sobre a tecnologia desenvolvida na empresa e defendeu o desenvolvimento do setor no Brasil. Não precisamos nos adequar somente ao que vem de fora. Para José Domingos Favoretto, do CPqD, a convergência está acontecendo dentro de um cenário de fácil utilização. Favoretto falou, ainda, sobre a tecnologia NFC. O telefone móvel é uma abstração do que você é, e a convergência digital é inevitável.

Elia San Miguel, da Gartner, frisou que tanto na nossa vida como consumidores, quanto na nossa empresa, nós não podemos ignorar a diversificação de componentes à disposição. Ele afirmou, ainda, que o fato do empregado poder levar o dispositivo ao trabalho é uma realidade, e não uma tendência. As empresas devem fazer políticas, definir o que pode e o que não pode ser feito. As pessoas precisam de ferramentas no trabalho e em qualquer lugar que elas estejam, precisam de mobilidade e autonomia.

À tarde, foi a vez do painel Negócios eletrônicos e mobilidade, trazendo Luiz Roncato, da MasterCard World; Frederico Burgos, do Banco Central do Brasil, e José Mourão, da Caixa Econômica Federal.

O diretor de Atendimento e Serviços, Ivandre Medeiros, que foi o moderador, disse que o Fórum de TI Banrisul é um sucesso de público, inovação e tecnologia. É muito bom usar este espaço para debater um assunto que nos cativa tanto. Nesses dois dias, presenciamos muitas ideias e novidades, e o Banrisul já está pensando na sexta edição de um evento que é, hoje, conhecido pela indústria brasileira de tecnologia.

Luiz Roncato usou as diferenças entre gerações para falar dos diferentes meios de pagamentos, em especial o mobile paypass, e destacou a importância da integração do mundo físico com o mundo virtual. Todos os tipos de meios de pagamento atendem a alguma necessidade em algum momento. Como provedores de pagamento para qualquer tipo de estabelecimento, é preciso estar atento e cada vez mais próximo do consumidor.

O foco do Banco Central na inclusão financeira foi destacado por Frederico Burgos. O dirigente enfatizou que a instituição quer garantir que as pessoas se sintam confortáveis ao usar os meios móveis de pagamento. Ele informou também sobre o Grupo de Trabalho, instalado em parceria com o Ministério das Comunicações, que irá em busca da regulamentação dos meios móveis de pagamento.

José Marcelo Mourão apresentou um panorama sobre os serviços e produtos da instituição e, referindo-se à questão da mobilidade, frisou que a CEF baseia-se no tripé tecnologia, atendimento à população e serviços sociais. Ele usou como exemplo a agência itinerante Chico Mendes, que atende as comunidades da Floresta Amazônica dentro de um barco.

Gestão Socioambiental
Em parceria com a empresa Trade Recycle, a área socioambiental do Banrisul também realizou atividades durante o fórum. Os participantes do evento tiveram a oportunidade de descartar resíduos tecnológicos, como pilhas domésticas, cabos, celulares e baterias. Os utensílios serão encaminhados para reciclagem.

Outra iniciativa de destaque, dentro das práticas sustentáveis do Banrisul, foi a entrega de uma sacola para cada palestrante. O material, feito com reaproveitamento de banners do Banco, foi elaborado por costureiras ligadas a uma entidade de economia solidária, parceira da instituição.

Texto: Assessoria de Imprensa
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