FPERGS e BM promovem sessões de hipoterapia para crianças e jovens abrigados pelo Estado
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Numa iniciativa inédita no Rio Grande do Sul, a Fundação de Proteção Especial (FPE), entidade vinculada à Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social (STCAS), vem promovendo sessões de hipoterapia (equoterapia) para as crianças e jovens residentes nos abrigos do Estado. As sessões, executadas em parceria com o Comando Geral da Brigada Militar e o Movimento Assistencial da Corporação, são realizadas no 4º RPMon (Avenida Aparício Borges, 2351, bairro Partenon) e beneficiam 51 pessoas de todos os Núcleos de abrigos Residenciais da Fundação, principalmente os portadores de necessidades especiais. Método terapêutico que utiliza o cavalo como instrumento de trabalho, auxiliando no desenvolvimento físico, psíquico e emocional dos portadoras de deficiências, a hipoterapia aumenta os períodos de atenção, possibilita maior concentração e melhor a disciplina dos pacientes. Nos distúrbios da fala e comunicação também auxilia na articulação de sons e fluência verbal. Coordenadas pela terapeuta ocupacional Lenise Hetzel, funcionária do quadro da Fundação, as sessões ocorrem nas terças à tarde e nas quartas-feiras pela manhã, beneficiando crianças e adolescentes com idades que variam de dois a 18 anos incompletos. Também abertas aos funcionários da BM, as aulas contam ainda com a participação de estagiários dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Psicologia e Educação do IPA, da PUC e da Ufrgs, que auxiliam nas sessões e põem em prática os conhecimentos acadêmicos. Benefícios O 4º RPMon se responsabiliza pelo espaço físico e pela liberação dos três animais utilizados nas aulas. A parte de treinamento e capacitação dos estagiários e dos soldados que guiam os cavalos durante as sessões é feita em conjunto pela equipe da FPE e da BM. Ainda segundo Lenise, “o uso do cavalo como recurso terapêutico traz benefícios imediatos a nível motor, neurológico e psicológico. Também percebemos grandes avanços na auto-estima e na parte cognitiva das crianças e dos jovens com déficit de atenção e desvio de conduta”, destaca a terapeuta. A presidente da FPE, Marlene Wiechoreki, ressalta que o trabalho desenvolvido em cooperação entre a FPE e a BM já é uma referência nacional, procurado, inclusive, por profissionais de outros estados. “O trabalho desenvolvido é extremamente tocante e necessário para os nossos portadores de deficiência. No momento em que o abrigado passa por esse procedimento, o progresso físico e psicológico é gritante. É importante ressaltarmos que sem a Brigada Militar e os estagiários que nos acompanham, e aprendem com os abrigados, nada disso seria possível”, enfatizou a presidente.