No início deste sábado (28/6), começou a mobilização do Gabinete de Crise de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, uma das quatro estruturas emergenciais instaladas no Estado para acompanhar os eventos meteorológicos previstos para a noite e a madrugada de domingo (29/6). Servidores e agentes de segurança se apresentaram no 6º Batalhão de Bombeiros Militar, no Centro da cidade, onde a estrutura está organizada.

A previsão é de que aconteçam grandes acumulados de chuva. Em algumas regiões, a precipitação pluviométrica pode superar 150 milímetros em cerca de 12 horas – mais do que o previsto para todo o mês de junho.

No Vale do Rio Pardo, o alerta foi reforçado para ocorrências nos rios Castelhano, Jacuí, Pardinho e Pardo. As cidades consideradas com maior risco são Candelária, Passa Sete, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Sobradinho e Vera Cruz.

Nas áreas monitoradas, os maiores perigos identificados pela Defesa Civil são enxurradas, aumento do nível de rios, córregos e arroios e movimentos de massa, como deslizamentos. O Gabinete de Crise busca saber com antecedência se esses eventos ocorrerão e, para prevenir, reúne equipes e elabora planos de atuação.

“Pela manhã, tivemos a instalação do Sistema de Comando de Incidentes, uma ferramenta de gestão usada nacionalmente e internacionalmente. Por meio dela, antecipamos ações. Foi um momento para apresentar equipes que não se conheciam e para reencontros de quem atuou junto nas ações do ano passado”, detalha o coordenador do Gabinete de Crise Regional de Santa Cruz do Sul, tenente-coronel Vanderlan Frank Carvalho.

“Identificamos os recursos já mobilizados e mobilizáveis. A partir disso, conseguimos planejar o incidente e, diante do impacto, identificar a necessidade de recursos especiais”, complementa.

Além da Defesa Civil, o contingente reunido em Santa Cruz do Sul abrange Brigada Militar (BM) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS), totalizando 198 agentes, 51 viaturas e nove embarcações. Há ainda uma aeronave da BM à disposição e, se necessário, apoio do Exército.

O número total de pessoas mobilizadas vai se alterando, mas até o início da tarde estava em torno de 380, com a chegada de servidores do Instituto-Geral de Perícias (IGP-RS) e das secretarias da Saúde (SES), de Desenvolvimento Social (Sedes), do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), da Educação (Seduc) e de Comunicação (Secom), além da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e Emater/RS – Ascar.

Durante a manhã, o governador Eduardo Leite esteve no local para conversar com as equipes e conhecer o plano de trabalho. Ele pediu às prefeituras que mantenham contato com as famílias em área de risco e solicitou à população que fique atenta aos acontecimentos.

“Nós reforçamos a Defesa Civil com uma estrutura mais robusta e processos reformulados, mas nada é mais efetivo do que a prevenção e o atendimento. Precisamos muito da ajuda das pessoas, das famílias, para que atendam aos chamados e deixem preventivamente os locais de risco, porque à noite, com a chuva, é muito mais difícil a remoção”, apelou.

O coordenador-adjunto da 8ª Coordenadoria da Defesa Civil, tenente-coronel Joel Dittberner, que atua em Santa Cruz do Sul, destacou a conexão entre os agentes envolvidos: “Os municípios já têm um mapeamento prévio das áreas mais afetadas. Estamos com uma comunicação próxima a eles, que estão prontos para fazer a retirada de famílias quando necessário”. 

Fique atento

Em caso de emergência, a população pode acionar a Brigada Militar pelo telefone 190 e o Corpo de Bombeiros Militar pelo 193, além dos contatos locais das instituições vinculadas.

_{Texto: Bibiana Dihl/Ascom Sefaz
Edição: Vitor Necchi/Ascom SOP}