Com a previsão de altos volumes de chuva no fim de semana na Serra Gaúcha, o governo do Estado instalou um Gabinete de Crise Regionalizado da Defesa Civil em Caxias do Sul. A região deve ser uma das áreas mais impactadas pelas chuvas intensas, com previsão de volumes superiores a 130 milímetros em alguns pontos. 

O Gabinete de Crise está operando no Centro Integrado de Operações (CIOp) de Caxias do Sul, sob a coordenação de 14 servidores da Defesa Civil, e tem, até o momento, um efetivo de 450 profissionais das forças de segurança à disposição para atuação em possíveis ocorrências. O posto avançado foi criado para acompanhar a situação em tempo real e coordenar ações preventivas e emergenciais, com foco na proteção de vidas e na redução de danos. 

Na manhã deste sábado (28/6), o governador Eduardo Leite participou de uma reunião estratégica de alinhamento no Gabinete. Uma nova reunião está prevista para as 18h. De acordo com o major Marcelo Almeida Souza, responsável pelo Gabinete de Crise em Caxias do Sul, as equipes estão preparadas para atuar nos 49 municípios da 9ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (CREPDEC), que abrange a região da Bacia dos Rios Antas, Taquari e Caí.

“Implementamos medidas práticas e eficazes para o deslocamento das equipes, visando a prevenção e a orientação nas áreas de maior risco. Reiteramos à comunidade a importância de acatar nossos alertas, acompanhar as atualizações e seguir as orientações. Nosso objetivo principal é a preservação de vidas, e a Defesa Civil depende da colaboração de todos”, reforçou o major Souza.

Durante a reunião, o governador Eduardo Leite destacou que, em resposta às enchentes de 2024, o Estado reforçou a estrutura da Defesa Civil, ampliando o efetivo e a disponibilidade de equipamentos. Segundo Leite, a preparação foi aprimorada, com o apoio de especialistas, como geólogos, que monitoram os riscos em campo. Além disso, novos equipamentos, incluindo aeronaves, já estão sendo deslocados para Caxias do Sul para agilizar o atendimento e os resgates, se necessário.

“Toda a nossa atuação, neste momento, é preventiva, especialmente aqui na Serra, onde o maior risco é o deslizamento de terra em função da saturação do solo. Com as chuvas da semana passada e a previsão de um volume expressivo de precipitação nas próximas 12 horas, equivalente a um mês de chuva, os riscos nas encostas são elevados”, explicou o governador, ressaltando ainda que a Defesa Civil Nacional está sendo comunicada e que as Forças Armadas foram alertadas para uma eventual necessidade de mobilização. 

Para compor as forças de resposta nas três regiões do Estado com maior risco de impactos — Serra, Vale do Taquari e Vale do Rio Pardo —, o governo do Estado mobilizou 404 bombeiros militares, 150 policiais militares, 5 aeronaves e 77 viaturas e embarcações. Além dessas equipes, todas as guarnições da Brigada Militar que atuam no policiamento ordinário nessas regiões poderão ser integradas à operação, caso necessário. Todo o efetivo da Brigada Militar está de sobreaviso ou prontidão.

_{Texto: Bernardo Abbad/Secom
^{Edição: Juliane Kerschner/Sefaz}}