A reinaguração do busto, em homenagem ao General Artigas, ocorrida na manhã deste domingo (19), na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, contou com a presença do secretário adjunto da Cultura, Jéferson Assumção, representando o titular da pasta e do assessor de Relações Internacionais do Estado, Tarson Nuñes.

Uma comitiva vinda de Montevidéu, liderada pelo vice-ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Roberto Conde, além do cônsul no Rio Grande do Sul, Pablo Scheiner e um grande número de representantes da comunidade uruguaia residente na Capital gaúcha também compareceu à cerimônia alusiva ao herói do país vizinho.

Em seus discursos, os uruguaios lembraram os ideais de Artigas pela liberdade e destacaram a ação do governador Tarso Genro para aproximação entre sua nação e o Rio Grande do Sul. A união dos sul-americanos para enfrentar os problemas do mundo de hoje foi outro ponto de destaque nos pronunciamentos. O Uruguai é um pequeno país que apresenta hoje o maior crescimento de sua história. Mas não quer crescer sozinho, quer compartilhar este momento com todos os irmãos da América do Sul, disse o vice- ministro.

Participaram da solenidade o prefeito de Porto Alegre, José Fotunati, a presidente da Câmara de Veradores, Sofia Cavedon, o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, e o deputado estadual, Raul Pont. Nesta segunda-feira (20), os governos gaúcho e uruguaio celebrarão uma série de compromissos. O governador Tarso Genro receberá a comitiva uruguaia, no Palácio Piratini.

O monumento
O monumento foi inaugurado, originalmente, em abril de 1987, na Praça Revolução Farroupilha. Em 2007, o busto foi removido do local, em função das reformulações da área e da reabertura da avenida Borges de Medeiros. O busto, agora, recebeu novo pedestal, com 1,8 m.

General José Artigas
Em 19 de junho de 1764 nasceu, em Montevidéu, José Gervásio Artigas, que viria a se tornar o herói da nação vizinha. Para uruguaios, o verdadeiro sentido da palavra nacionalidade nasceu com a força do movimento revolucionário liderado por Artigas, antigo soldado da coroa espanhola e que depois, com o amadurecimento do sentimento nacionalista, liderou um movimento popular na margem esquerda do Prata, na chamada Banda Oriental. Artigas lutava pela emancipação de sua terra, seu povo, pelos oprimidos e pelo ideal de igualdade e liberdade. Não se submeteu à Espanha, representada pelo Vice-Reino sediado em Buenos Aires ou às tropas luso-portuguesas, na Guerra da Cisplatina.

Texto: Maria Emilia Portella
Edição: Redação Secom