GM inicia obras de ampliação e Rigotto destaca esforço pela vinda de novos investimentos
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O governador Germano Rigotto participou, hoje (22) à tarde, da solenidade que deu início às obras de ampliação do Complexo Automotivo da General Motors, em Gravataí. A ampliação, que permitirá o aumento da capacidade de produção de 120 mil veículos ao ano para 210 mil unidades, começou com a fixação da primeira coluna da nova área de funilaria e com o descerramento, pelo governador, de uma placa que marca o ato. A GM está investindo US$ 240 milhões, com geração de mais 1,5 mil empregos diretos, somando-se aos 3,5 mil já existentes. De acordo com o presidente da GM do Brasil e Mercosul, Ray Young, 98% da mão-de-obra empregada é gaúcha. Rigotto destacou que o investimento deverá atrair outros empreendimentos para o Estado, especialmente entre os fornecedores da montadora. Temos que incentivar a redução da dependência de insumos de fora do Estado. O governo, através da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, está procurando atrair empresas que venham produzir aqui. O Rio Grande do Sul já tem uma indústria de autopeças desenvolvida, o que estimula a vinda de novos investidores. O setor pode crescer ainda mais, disse. Atualmente, a GM conta com 17 sistemistas no RS. Mais investimentos Com a produção do novo modelo, a GM vai precisar de novos sistemistas, além dos que aqui já existem. Atrás deste investimento de US$ 240 milhões, vêm outros, projetou Rigotto. O novo carro a ser produzido na área ampliada deverá chegar ao mercado em 2007. O investimento inclui, ainda, uma unidade específica para veículos em CKD (desmontados) para exportação, visando, principalmente, ao mercado chinês. O complexo de Gravataí já produziu mais de 436 mil Celta e pagou R$ 232 milhões em encargos sociais e salários. A GM e seus sistemistas, incluindo as duas unidades de São Paulo, já comprou materiais no valor de R$ 3,7 bilhões de 486 empresas gaúchas. Fico feliz pela confiança depositada pela empresa no Rio Grande do Sul. Contamos com localização privilegiada e, principalmente, com mão-de-obra qualificada. O Estado já se consolidou como segundo pólo automotivo do Brasil porque, além de automóveis, produzimos caminhões, ônibus e 60% das máquinas e implementos agrícolas do país, afirmou o governador. A ampliação é muito importante para a estratégia de crescimento da GM do Brasil, ressaltou Young. O presidente da GM do Brasil e Mercosul destacou que a produção brasileira de peças para automóveis precisa crescer para atingir a meta de produção de 2 milhões de unidades de carros ao ano. Ele citou estudos do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) que apontam para a necessidade de investimentos da ordem de US$ 1 bilhão a fim de atender a demanda projetada. É um desafio para a indústria, frisou Young. Segundo ele, a estimativa da empresa é que a produção de veículos cresça 5% em 2005, passando de 1,5 milhão de unidades para 1,7 milhão. Investimentos Rigotto lembrou ações de incentivo à produção realizadas pelo governo, como RS Competitivo, que reduz a alíquota de ICMS em setores da economia, sem perda de arrecadação. Também citou alguns investimentos já concretizados no Estado, como os da Toyota, da Votorantin Celulose e Papel, do Estaleiro Aker-Promar e da Schincariol, que deve iniciar suas atividades, em Igrejinha, no próximo mês de novembro. Os investimentos podem gerar, além do emprego e do enfrentamento das desigualdades regionais, uma reversão na difícil situação financeira do Estado, salientou. Acompanhado por Young e José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil, Rigotto visitou a linha de montagem do Celta e plantou uma árvore de Erva-Mate, símbolo gaúcho. Também participaram da solenidade o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, o chefe da Casa Civil, Alberto Oliveira, os presidentes da Corsan Vitor Bertini, e da Fepam, Claudio Dilda, o diretor da Sulgás, Ari de Marco, o diretor de Manufatura da GM, José Eugênio Pinheiro, o diretor do complexo automotivo de Gravataí, Roberto Tinoco, e o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de Gravataí, Valcir Ascari, e funcionários do complexo.