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Governador alerta que nível do Guaíba pode alcançar recorde histórico em Porto Alegre

Previsão indica que até sábado o lago pode atingir cinco metros

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Coletiva de Leite sobre chuvas no RS em 2 de maio de 2024. Ele fala ao microfone e está em pé atrás de um púlpito. Ao seu lado, uma tela na qual aparecem os outros coordenadores dos gabinetes avançados e que participam da coletiva de forma remota.
"É muito importante que a população leve a sério as recomendações e busque se proteger", voltou a frisar Leite. - Foto: Lauro Alves/Secom

Em transmissão virtual realizada na noite desta quinta-feira (2/5), o governador Eduardo Leite alertou para a rápida elevação observada nas últimas horas no Guaíba, em Porto Alegre, que pode atingir quatro metros ao longo da madrugada de sexta-feira (3/5), podendo chegar a cinco metros até sábado. Caso a previsão se confirme, essa será a maior cheia da história da capital gaúcha, superando a enchente registrada em 1941.

“Quero pedir mais uma vez que as pessoas tenham a percepção de urgência em relação ao que está ocorrendo no Estado. É muito importante que a população leve a sério as recomendações e busque se proteger, que atenda a esse chamado da emergência sem precedentes que estamos vivendo e deixe as zonas de risco”, enfatizou Leite.

O governador ressaltou a magnitude da catástrofe natural que vem afetando o Estado desde a madrugada de segunda-feira (29/4). Segundo Leite, considerando as previsões de chuva intensa dos próximos dias, o evento meteorológico em curso será, possivelmente, a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul.

“Quero dizer à população que, como ser humano, eu estou devastado por dentro, como cada um dos gaúchos está. Mas, como governador, estou aqui firme e garanto que não vamos titubear. Estamos fazendo tudo com foco, atenção, disciplina e indignação, para que tudo que esteja ao nosso alcance seja feito, para colocar todas as estruturas em campo e garantir que todas as pessoas que estão suplicando por resgate sejam salvas”, afirmou.

Levantamentos hidrológicos apontam que os rios Caí, Taquari e Jacuí estão enfrentando as maiores cheias já registradas, com previsão de aumento dos respectivos níveis nas próximas horas. A instabilidade climática persiste no Estado e, até sábado (4/5), deve avançar para as regiões da Serra e do Litoral Norte.

Salvamentos

O coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Luciano Boeira, apresentou um balanço do trabalho das forças de resposta do Estado nas operações de salvamento. Até o momento, foram resgatadas mais de 4.600 pessoas. As vítimas foram acolhidas pelas equipes de segurança e encaminhadas para atendimento médico ou direcionadas para abrigos públicos.

Barragens

O governador destacou a situação crítica da barragem Blang, no rio Caí, próximo de São Francisco de Paula, que está sob vigilância intensa devido ao risco de rompimento. Ele mencionou conversas com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), autarquia responsável pela fiscalização da represa, que assegurou a adoção imediata de medidas de emergência. Outra barragem em estado crítico é a de São Miguel, perto de Bento Gonçalves e Pinto Bandeira. Evacuações já estão sendo realizadas nas localidades próximas.

Bases avançadas

Leite ressaltou a importância dos gabinetes de crise avançados, instalados em Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves e São Sebastião do Caí, para a coordenação das operações de resgate e para responder de maneira eficaz às emergências nas regiões mais afetadas.

“Estamos em permanente contato com os gabinetes avançados, ajudando a fazer todas as ações de campo, priorizando o resgate e o salvamento de vidas. Esses postos olham para todas as regiões próximas, em contato direto com as forças de segurança e as prefeituras”, disse Leite.

Participaram da coletiva o vice-governador Gabriel Souza, que coordena o posto avançado em Santa Cruz do Sul; o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, que lidera a base de Bento Gonçalves; e o chefe de gabinete do governador, coronel Euclides Neto, que está à frente do gabinete alocado em São Sebastião do Caí.

Texto: Rodrigo Azevedo/Secom
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom

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