O governador Germano Rigotto assinou, hoje (7) pela manhã, no Palácio Piratini, protocolo de intenções para reativação e expansão de uma planta industrial da Centralsul, em Cachoeira do Sul, pela Granol Indústria, Comércio e Exportação S/A, com sede na cidade de São Paulo. O investimento a ser feito pela Granol é de R$ 20 milhões, dos quais R$ 10 milhões vão ser aplicados na reativação imediata do complexo industrial, que deverá retomar as atividades no início do próximo ano, em uma área de aproximadamente 30 hectares. Serão gerados 160 empregos diretos e 640 indiretos. A iniciativa contempla dois dos quatro eixos do atual Governo do Estado, que são atração de investimentos e desenvolvimento econômico, e inclusão social. Desativada há mais de 20 anos, a unidade fabril vai processar soja e produzir óleo e farelo. O acordo entre Governo do Estado, Granol e a prefeitura do município prevê também, para a partir de 2009, a produção de biodiesel combustível. O programa de desenvolvimento de biodiesel é um avanço sem volta. O Rio Grande do Sul tem espaço enorme para cultivo de matéria-prima, e o Estado tem que dar apoio também a pesquisas em torno dessa alternativa, disse Rigotto. Capacidades A capacidade diária inicial da unidade fabril permitirá o processamento de mil toneladas de soja (o equivalente a 300 mil toneladas/ano), 60 mil toneladas de óleo bruto de soja e 240 mil toneladas de farelo do cereal. Estamos recompondo uma empresa que já teve grande importância na produção de grãos, afirmou o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, Luís Roberto Ponte. Entre 2007 e 2008, deverá ser ampliada a capacidade de recebimento de soja (inclusive por meio ferroviário), de secagem e de armazenamento de grãos. Com a remodelação tecnológica e logística prevista para a navegação no rio Jacuí, que banha Cachoeira do Sul, deverá ser aumentada também a capacidade de processamento para 450 mil toneladas/ano. Nesta segunda etapa, deverão ser gerados mais 40 empregos diretos e 160 indiretos. Combustível Na terceira fase da expansão, que começará em 2009, a capacidade de esmagamento de soja passará para 500 mil toneladas/ano e terá início a produção de óleo combustível a partir de oleaginosas. Serão oferecidos 100 novos empregos diretos e outros 400 indiretos. Acredito que poderemos antecipar a data prevista para o início da produção de biodiesel, disse Ponte, lembrando que será instalado, hoje à tarde, na Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, um comitê de arranjos produtivos ligados à bioenergia. Vamos dinamizar, no Rio Grande do Sul, o projeto referente ao biodiesel, afirmou. Para o prefeito de Cachoeira do Sul, Marlon Santos, a reativação da planta industrial da Centralsul para produção de soja significa o fim da dependência do município do cultivo de arroz, que, segundo ele, escravizou a região economicamente ao longo do tempo. A prefeitura fica responsável por obras de infra-estrutura, como a construção de trevo de acesso para veículos de grande porte à unidade, terraplenagem, drenagem, urbanização da área, asfaltamento e estação de tratamento de efluentes, além da gestão de liberação do licenciamento ambiental. Participaram também do ato de assinatura do protocolo de intenções o chefe da Casa Civil, secretário Alberto Oliveira, o presidente da Centralsul, Mário Bertani, os integrantes da Divisão Industrial da Granol Juan Diego Ferrés e Cláudio Tonol, o presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, e o vice-presidente da CCGL, Darci Pedro Hartmann.