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Governador oficializa acordo entre Estado e Famurs para cogestão no Distanciamento Controlado

Regiões poderão enviar protocolos alternativos a partir desta terça-feira, dia 11, para vigorarem na quinta

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PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 10/08/2020 - O governador Eduardo Leite fez, nesta segunda-feira (10/8), mais uma transmissão ao vivo para atualizar a população a respeito do enfrentamento ao coronavírus no Estado. A transmissão ocorreu direto do Palácio Pirati
"Embora o momento mais difícil tenha passado e estejamos vendo estabilização, não significa que possamos relaxar", disse Leite - Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

ATUALIZADO em 11/8, às 13h35 (com novas informações no texto) e às 15h30 (com o decreto)

O governador Eduardo Leite oficializou nesta segunda-feira (10/8) o acordo entre o governo do Estado e a Federação das Associações de Municípios (Famurs) para a gestão compartilhada do modelo de Distanciamento Controlado. O anúncio foi feito durante transmissão ao vivo pelas redes sociais e é resultado dos diálogos promovidos nas últimas semanas com os prefeitos que presidem as associações regionais de municípios. As alterações já são válidas já para a 14ª rodada do modelo, que está vigente nesta semana. O decreto foi publicado nesta terça-feira (11/8).

"Estamos dando esse passo para que possamos ter, junto dos municípios, a melhor adesão ao distanciamento. Embora o momento mais difícil tenha passado e que estejamos vendo essa estabilização, não significa que possamos relaxar. Não é isso. Estamos buscando ajustar o modelo de distanciamento a um novo momento, para melhor conciliar com a atividade econômica garantindo a proteção à saúde das pessoas", explicou o governador.

O modelo de Distanciamento Controlado seguirá rodando para classificar o risco epidemiológico de cada região, sempre às sextas-feiras, com base nos dados compilados às quintas-feiras. A partir da classificação, associações regionais poderão adotar protocolos mais brandos à bandeira na qual estão classificados, mas no mínimo iguais à bandeira anterior (região classificada em vermelha adota protocolos da bandeira laranja, por exemplo, e, no caso de preta, as regras mínimas da bandeira vermelha). Para a elaboração de um protocolo específico para a região, será necessária a criação de comitês científicos regionais de combate à Covid-19.

Cada associação regional poderá criar um protocolo. Inicialmente, o governo do Estado defendia que a concordância entre os prefeitos de cada região fosse unânime. Depois de ponderações feitas pelos próprios chefes de Executivo municipais, o Gabinete de Crise determinou que o protocolo mais brando à bandeira de risco poderá ser adotado se tiver maioria absoluta (ou seja, 2/3 dos prefeitos de cada região Covid).

"Esses protocolos terão de obedecer aos quatro níveis das bandeiras (amarela, laranja, vermelha e preta) já estabelecidas. Não será possível definir protocolos distintos desses níveis de risco, como protocolos intermediários. O importante é que a decisão seja tomada de acordo por pelo menos 2/3 dos prefeitos de cada região. Isso é importante porque garante o princípio de solidariedade e da integração do sistema de saúde. Por isso, as regiões precisam ter o compromisso de adotar um conjunto de medidas que garantam que o vírus não se propague a ponto de comprometer o sistema hospitalar da região", detalhou Leite.

As regiões que estabelecerem protocolos alternativos regionais deverão enviá-lo, acompanhado dos documentos e justificativas das medidas adotadas, ao Estado, por meio eletrônico. Além disso, devem publicizar o conteúdo do plano, dos protocolos e dos pareceres técnicos que o embasam, bem como planilha comparativa com os protocolos do Estado no site da prefeitura 24 horas antes de entrarem em vigor. Esses endereços eletrônicos das prefeituras também devem ser informados ao Estado para que estejam disponíveis para consulta da população no site do Distanciamento Controlado.

Outra exigência do decreto estadual publicado nesta terça-feira (11/8) é que o plano a ser instituído contenha medidas de proteção à saúde pública devidamente embasadas em evidências científicas, através de critérios epidemiológicos e sanitários, firmado por responsável técnico, médico ou profissional da vigilância em saúde há mais de dois anos, observadas as peculiaridades locais.

O protocolo alternativo deve ser enviado ao Estado até 48 horas antes de entrar em vigor. Por exemplo, se a região enviar o protocolo até esta terça-feira (11/8), às 12h, a mudança entrará em vigor na quinta-feira (13/8), às 12h – a menos que o governo vete algum dos protocolos propostos pela região. O plano regional será disponibilizado ao público, para facilitar a fiscalização por parte de órgãos de segurança e do Ministério Público.

"Nosso modelo conseguiu, até aqui, fazer aquilo que propusemos: preservar a vida sem deixar de lado a atividade econômica. O Rio Grande do Sul parou menos, por menos tempo, teve menores perdas econômicas do que a maior parte dos outros Estados, e também perdeu menos vidas, se comparado a outros Estados. Por isso, viabilizamos a possibilidade de dar esse passo adiante, que dá mais autonomia aos prefeitos, que estão na linha de frente em cada município", afirmou Leite.

As regiões, no entanto, que preferirem seguir o modelo de Distanciamento Controlado poderão fazê-lo, com as decisões sendo mantidas no formato atual. A instância recursal ao mapa preliminar e a Regra 0-0, que permite adoção de protocolos de bandeira laranja em cidades que passaram os últimos 14 dias sem internações e sem óbitos por Covid-19, seguirão valendo para todas as 21 regiões.

• Clique aqui e acesse o Decreto 55.435, de 11 de agosto de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado desta terça, dia 12.

Texto: Suzy Scarton
Edição: Marcelo Flach/Secom

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